quarta-feira, 10 de junho de 2015

Entre Amores, Namoros e Casamentos



Já escrevi sobre amor, esperança, desejo, frustrações, descaso, acaso e outros arrebatamentos que encantam e desencantam o ser humano. Mas ainda não havia escrito sobre o casamento, assim, escancaradamente. Acho que é porque quando escrevo, sinto uma segurança gigantesca em relação ao tema escolhido e talvez não tivesse sentido até então essa tal segurança. Coisa boa esse lance de casar. Viver junto, compartilhar tudo – ou quase tudo. Muda até o modo de olhar pra pessoa amada. Você aprende que aquele silêncio tem um significado, quase um código que só você conhece. Sabe exatamente o que ele está pensando quando aquela conhecida faz um comentário desajustado sobre um amigo em comum e adivinha o que ele quer quando te olha daquele jeito, aparentemente inocente. Coisas que só a convivência pode ensinar. E como é desconcertante quando ele flagra seu pensamento através de palavras certeiras. Praticamente um vidente amoroso – acerta tudo, assim, fácil, fácil. E você ainda tenta negar para manter a autossuficiência. Que bobagem... Quer coisa melhor do que essa intimidade boba?      
Mas o bom mesmo é quando os segredos passam a ser compartilhados, divididos, sonhos construídos a dois, frustrações transformadas em coisas boas que podem ou não sofrer mutações no futuro. Adormecer com as mãos entrelaçadas, não sair de perto sem dizer “te amo”, manter o respeito e engolir o orgulho, tudo porque vocês dois acreditam que é para a vida inteira e investem nisso dia após dia. Isso é casamento. Dividir tudo. Se surpreender com a generosidade dele e com o cuidado que tem com você e sua família, com a proteção que a faz sentir-se a mais feliz de todas as mulheres. E o que é melhor – você corresponde.

Namorar é uma delícia. Casar é maravilhoso. Com a pessoa certa, no tempo certo. Mesmo que outros tentem parecer errado. Se for verdadeiro, vence, perdura, permanece. Eternos namorados.