Conversando com uma amiga que estudou psiquiatria e que hoje prefere escrever ao invés de clinicar, cheguei à conclusão que a loucura pode ser gradual e parcialmente perceptível aos olhos dos mais atentos. Explico. Muitos de nós convivemos com situações adversas na vida, sejam elas no campo profissional, familiar, filosófico ou amoroso. É normal que tenhamos nossas fases de recolhimento e alternância de sentimentos como ódio, desprezo, indignação e tristeza absoluta. Ou que queiramos, num segundo momento, culpar alguém pelo fracasso daquilo que projetamos como algo seguro e definitivo em nosso presente. Isso é normal. Até passar, ódio e revolta farão companhia até aos mais desavisados. Mas quando isso se torna doentio, com indícios de insana mágoa e incontrolável frustração, é hora de procurar um analista, tratar a mente e a alma, para depois então, pintar um quadro real da vida. O que se tenta colorir, em vão, são rabiscos incertos e frágeis de um cotidiano fabricado, sem prazer, emoção ou felicidade reais. E viver virtualmente funciona apenas para quem dispensa a luz do sol ou o frescor da madrugada ao lado das pessoas que ama. Ou de si própria (tem companhia melhor?)...
Pessoas amargas que assumem falsa postura social (refiro-me aqui aos pseudo-críticos do preconceito, racismo e outras fobias sociais), são aberrações da sociedade, párias de si que desconhecem o caminho de volta, da viagem interior que todos devemos fazer um dia para assumir nossa condição medíocre e limitada.
São boas para apontar o dedo no nariz dos outros - quando têm coragem - e criticar, ofender, difamar, caluniar sem medir as consequências do que é dito ou feito em nome de sua patologia demente. Torna-se então, uma caricatura de gosto duvidoso, uma garatuja de ser humano que provoca comoção e piada imediatas quando vista de relance. Um olhar mais prolongado ou atento a este tipo de figura, é por inteiro desnecessário. Quem é feliz, está satisfeito com sua vida (medíocre ou não) dispensa viver dos acontecimentos alheios, não precisa acompanhar em tempo real a evolução da vida de ninguém; em suma, se ocupa verdadeiramente daquilo que lhe diz respeito: sua vida. É ou não uma boa hora para cuidar dela?
PS: Este texto é dedicado a quem pensa que tem o que fazer mas na verdade se preocupa mesmo é com a vida dos outros. Um lembrete: dor-de-cotovelo e manifestações desesperadoras indicando bipolaridade e estado de alerta emocional estão demodê, out, já era! Bora aproveitar a vida e curar as feridas que comprometem a saúde física e espiritual!
ADOREI soraia! Quem sabe após ler esse texto, algumas pessoas que se encaixam perfeitamente neste perfil doentio caiam na real e procurem ajuda para lidar com a situação.
ResponderExcluirBjos da sua editora favorita!!
Dani Gemelli
Bom mt bom! Isso serve pras vizinhas fuxiqueras, ex namoradas q ficam fuçando meu orkut e twitter e pra rapaziada q ñ tem o q fazer da vida e cuidam dos meus passos! Me erra barnabé! (Juninho)
ResponderExcluirAmiga esse texto e simplesmente perfeito... PARABÉNS!!!
ResponderExcluirAna Lúcia Monteiro
Muito bom Soraia, explendido. Esse texto relata tudo mesmo, pessoas que vivem apenas a vida dos outros e esquecem de viver as suas vidas. Beijos!!! Kelin Cristina Razzetto
ResponderExcluirA loura dos olhos cor de mel escreve com propriedade além de encantar com sua voz potente na telinha. Quem anda cuidando da sua vida de modo inapropriado? Não sabes que a inveja ronda as pessoas que tem luz própria? Tenha uma ótima semana minha linda apresentadora, pois estarei aqui, à espera de sua resposta! (Lembra? Posso seu o seu amor?)
ResponderExcluirHá pessoas inclusive que se internam por motivo de certos síndromes que supostamente as assolam, entremeados por crises de choro, supostas doenças que as acometem, quando na realidade elas estão FUGINDO de complicações do dia-a-dia que por vezes acontecem com outro membro da família. Por exemplo, para não arcar com a responsabilidade pelo membro da família doente, "acometem-se" de crises existenciais, neuroses sem etiologia definida e vão refugiar-se na casa de parentes enquanto se submetem a tratamentos infindáveis em clínicas. Ou seja, são pessoas que renunciam à sua parcela de responsabilidade pela vida no lar para se refugiar em falsas patologias. Esse tipo de pessoa torna-se difícil de diagnosticar através dos processos clínicos comuns e demandariam o concurso de profissional especializado (QUE ELAS NÃO PROCURAM POR MOTIVOS ÓBVIOS) - são os falsos doentes que lotam as clínicas para gáudio de certos profissionais da "saúde".
ResponderExcluirRodrigues
Ei, Turca! Palavra que eu nem lembrava mais desse meu comentário, válido tanto para este como para um post colocado por você tempos atrás.
ResponderExcluirMas é estranho constatar que as coisas nunca acabam, nunca se curam. É preciso uma força EXTERNA para interferir no processo mórbido, porque as pessoas não querem sair do casulo de sua miséria pessoal...
Abraços!
Rodrigues
Exato, meu querido Rodrigues. Como afirmou, certas coisas parecem nunca acabar, jamais se curar. Até que tomemos medidas mais extremas, concorda?
ResponderExcluirOutros!
Olá..olha...estou boquiaberta. Cheguei aqui à deriva ,clicando no próximo blog, e me deparo com um texto que me caiu tão bem quanto a calça "seven" que ganhei de minha filha. Isto foi para descontrair. Fui vítima há pouco tempo desses(as) sugadores (as) de energia.E aqui no mundo virtual. Os sintomas de suores, taquicardia, pânico envolviam meu corpo a cada vez que acessava meu blog.Pensei que tudo isso fosse só literatura, mas não é.
ResponderExcluirÉ mais cruel do que se imagina.Tive que pedir ajuda médica. Agora decidi:não admito receber carga de sentimentos ruins que não me pertençam.
Vou te seguir.Somos colegas de profissão, estou vendo.:)
Um abraço :)
Lau,
ResponderExcluirQue bom que apareceu por aqui, assim pude conhecer seu blog e um pouquinho de vc! Infelizmente há pessoas assim, que agem virtualmente, pois na vida real se acovardam. Mas vc fez o correto, minha querida - deixou o lado pesado, feio, negativo, de lado. O que não nos faz bem, deve ser ignorado, sempre!
Bjs!