segunda-feira, 25 de julho de 2011

Manoel de Barros, In: Retrato do artista quando coisa




A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.


Não agüento ser apenas um sujeito que abre portas,
que puxa válvulas, que olha o relógio,
que compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.

Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas.

2 comentários:

  1. "qdo coisa" me lembra o tiririca falando, Soraia!

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  2. Soraia, se esse poema lhe diz algo, então falamos a mesma língua. Sentimos, apalpamos, degustamos, vivemos o viver.

    Roidrigues

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