A
jornalista Joice Hasselmann confirmou nesta manhã o que postei ontem no Facebook.
Em toda sua carreira na magistratura, o Excelentíssimo ministro Celso de Mello
recebeu apenas um disparo pesado sobre sua conduta e foi justamente do
saudoso jurista Saulo Ramos, em seu livro (recomendo) “Código da Vida.
Ramos, que ajudou a indicá-lo para o STF, o acusou de submeter suas
decisões a interesses midiáticos, como se sua preocupação maior fosse o
jornal do dia seguinte – e não a lei. E mais uma vez, Mello provou que o
mestre estava certo. Um juiz de merda.
Fonte: Blog da Joice/Imagem: ReproduçãoO diálogo abaixo foi extraído do livro Código da Vida (Editora Planeta, 7ª Reimpressão, Tópico 85, Página 170), do jurista Saulo Ramos (falecido), entre o autor e o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal – STF, que nunca se pronunciou a respeito desse assunto.“Apressou-se ele próprio a me telefonar, explicando:- Doutor Saulo, o senhor deve ter estranhado o meu voto no caso do Presidente.- Claro, o que deu em você?- É que a F. de São Paulo, na véspera da votação, noticiou a afirmação de que o Presidente Sarney tinha os votos certos dos ministros que enumerou e citou meu nome como um deles. Quando chegou minha vez de votar, o Presidente já estava vitorioso pelo número de votos a seu favor. Não precisava mais do meu. Votei contra para desmentir a F. de São Paulo. Mas fique tranquilo. Se meu voto fosse decisivo, eu teria votado a favor do Presidente.Não acreditei no que estava ouvindo. Recusei-me a engolir e perguntei:- Espere um pouco. Deixe-me ver se compreendi bem. Você votou contra o Sarney porque a F. de São Paulo noticiou que você votaria a favor?- Sim.- E se o Sarney já não houvesse ganhado, quando chegou sua vez de votar, você, nesse caso, votaria a favor dele?- Exatamente. O senhor me entendeu?- Entendi. Entendi que você é um juiz de merda!Bati o telefone e nunca mais falei com ele”.
OBS.: Celso de Mello, promotor de justiça do Estado de São Paulo, foi nomeado ministro do STF pelo presidente da República José Sarney, por indicação do advogado Saulo Ramos , então ministro da Justiça.
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