Domingo de páscoa, família e amigos reunidos, o mesmo ritual de sempre, felicitações, votos de renovação (por que não frequentemente?), etc, etc... Ovo pra cá, chocolate pra lá, uma infinidade de sabores e aquele aroma de cacau que não suporto. Sim, sou daquelas que consideram perfeitamente possível a existência humana sem qualquer indício de chocolate. Uma revista me vem às mãos, enquanto aguardo o almoço ser servido: é a edição de abril de Cláudia, com a lindíssima - e agora em versão morena - Alinne Moraes estampando sua impressão. A primeira matéria que me chama a atenção é, coincidentemente o teor de um e mail recebido na noite anterior pelo leitor CHISTE. Aí sentencio a mim mesma: " As tragédias não param. Parecem tomar corpo em um proporção absurdamente desleal aos preceitos de justiça e superação humanas". Abaixo, segue a matéria da jornalista Priscila Siqueira, de 69 anos, que desde 1996 tem se dedicado a viagens pelo Brasil e exterior, procurando denunciar o tráfico humano para exploração sexual e exigir medidas oficiais para acabar com ele. Realidade amarga num domingo que teoricamente, deveria ser doce. Ou não.
O tráfico humano para exploração sexual é a terceira maior fonte de renda ilegal do mundo e o Brasil é o maior “exportador” das Américas. É contra esse universo pavoroso que luta a Priscila Siqueira. Do lado de lá, o criminoso declara que é melhor vender mulher a drogas e armas porque drogas e armas só se vendem uma vez – e a mulher pode ser revendida até morrer ou ficar louca.
"Quem suporta conviver com o fato de uma criança, mantida prisioneira em um bordel, ter o intestino perfurado durante uma relação sexual?”, pergunta com indignação a jornalista Priscila Siqueira, “ Muita gente ainda duvida de que esse comércio exista ou fica indiferente, talvez acreditando que o problema é grande demais para ser enfrentado”, diz. Mas não dá para fechar os olhos a um negócio que, depois do contrabando de armas e drogas, é a maior fonte de renda ilegal do mundo e também a que mais cresce. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o lucro mundial com esse tráfico chega a 31,6 bilhões de dólares ao ano. “O Brasil é o maior exportador de crianças e mulheres para prostituição das Américas e serve como país de trânsito para aliciadas nas nações latino-americanas a caminho da Europa, Ásia e dos Estados Unidos. (Revista Cláudia - Abril 2009)
Confira a entrevista de Priscila Siqueira na íntegra, AQUI.
CHISTE, disse:
ResponderExcluirChega um momento em que a qente tem até medo de ser um ser humano e de onde ele pode chegar. Estou repassando emails para os meus amigos.
Dados horríveis, eu não fazia ideia de que a coisa está nesse patamar. E o governo brasileiro, o tal do CARA não sabe que isso acontece debaixo das barbas dele? Claro, tinha me esquecido: Lula nunca sabe de nada!
ResponderExcluirProfª Silvia/Cvel
Soraia, há muito tempo que acompanho essa movimentação de carne humana pra lá e pra cá. Os antros de prostituição de que (pasme!) vivem alguns países mesmo da Europa parecem ter mais força do que as polícias do mundo todo. As máfias russa e as italianas (duas - Cosa Nostra, na Sicília, e Camorra, em Nápoles), a japonesa (Yakusa) e agora nova vertente com raízes em Hong Kong, sobrevivente do Império Britânico quando se trocavam mulheres por ópio, todas essas estão aí, cada vez mais atualmente, porque sobrevivem exatamente da devassidão e da podridão humana.
ResponderExcluirMas, não vamos nos iludir, aqui no Brasil temos quadrilhas super organizadas já se especializando em tráfico de mulheres e de armas. Dá quase tanto dinheiro quanto o tráfico de drogas.
Quanto ao que a professora Silvia mencionou, quem nos garante que nesse governo petista não haja cumplicidade com o crime organizado?
Zé do Coco
Correção: onde se lê "cada vez mais atualmente", leia-se "cada vez mais atuantes"...
ResponderExcluirZé do Coco