Hoje é o dia do poeta; quisera postar apenas coisas lindas, parafraseando Oswaldo Montenegro. Coisas que se misturam com imagens da infância, dos amores perdidos, de amigos saudosos, de retalhos do cotidiano, que retratados em palavras, fazem bem à alma. Quisera... Não vou comentar os fatos pretéritos da tragédia de Santo André, há os sites jornalísticos onde os leitores poderão obter informações sobre o caso. Aqui, apenas a imagem do sorriso da adolescente que tinha a idade de minha sobrinha, que gostava de ouvir Ne-Yo e que era popular na escola onde estudava. Poderia ser qualquer outra menina. Mas foi Eloá Cristina Pimentel. Deixo apenas uma pergunta com relação a isso tudo: e se fosse a filha de um homem rico, poderoso. A ação da polícia brasileira seria a mesma?
Minha solidariedade à família e amigos de Eloá Cristina.
NOVA ONDA???
ResponderExcluirSoraia, em Sorocaba SP, dia 19 (domingo) mais uma adolescente de 16 anos foi executada com tiro na cabeça pelo ex-namorado de 22 anos, inconformado com o rompimento do namoro há 4 meses.
CHISTE: repassando
ResponderExcluirTragédia Anunciada: QUEM MATOU ELOÁ?
Quem matou a menina Eloá Cristina Pimentel da Silva de 15 anos foi o seqüestrador Lindemberg Alves Fernandes, de 22 anos, seu ex-namorado num acesso de loucura, machismo, posse e crueldade.
A imprensa parece querer provar que a polícia matou a menina. Todos confortavelmente sentados em suas casas têm solução para o seqüestro, sempre com um final feliz para todos, como também queria a polícia que ficou durante 100 horas pacientemente tentando encontrar uma solução para evitar a tragédia.
O erro da reintegração da refém antes liberada é a única coisa ressaltada, embora não esteja ainda suficientemente esclarecida.
Vamos cair na real, um seqüestro de verdade é muito diferente dos seqüestros do cinema. Lá por mais terrível que seja o bandido, suas atitudes estão pautadas por um script, enquanto na vida real, não há limites, nem regras…
Precisamos repensar o mundo: essa menina foi morta por alguém com quem começou a namorar há três anos. Desde então, pelo liberalismo dos nossos dias, passou a ser uma vítima em potencial de Lindemberg, 19 anos, uma mente doentia que optara por cortejar uma criança de 12 anos.
Havia uma tragédia anunciada, só não estava prevista a sua extensão.
A polícia recebeu pronto essa granada social montada lá atrás, e tinha que desmontá-la, sempre com mais chances de errar, do que acertar.
Uma refém sempre é uma provável vítima de violência. Nos últimos anos temos visto a polícia por inúmeras vezes conseguir reverter à lógica, com o apoio de promotores públicos, de advogados e de negociadores treinados. Mas o consciente coletivo só lembra nos momentos, ou que a polícia falhou, ou que não obteve o sucesso desejado.
As histórias de seqüestro solucionado sem vítimas são notícias sem charme, sem crédito para quem conseguiu realizá-la, pouco merecedora da atenção pública.
Tal qual Eloá a Polícia de São Paulo estaria condenada diante da tragédia:
Se tivesse atirado no assassino, como alguns sugerem agora, as manchetes seriam no sentido que não havia necessidade de matar um jovem apaixonado, sem histórico policial, com uma arma que não ameaçava ninguém.
Não estranharíamos se a manchete de algum jornal fosse assim:
JOVEM ASSASSINADO PELA POLÍCIA QUE NÃO SOUBE ESPERAR
Se a policial conseguisse como tentou que o seqüestro acabasse sem mortes, a manchete seria:
SEQÜESTRADOR RESOLVEU SE ENTREGAR…
(thepassiranews@yahoo.com.br )
E agora, Soraia, o lado cão da história da família da Eloá:
ResponderExcluir"Pai da garota é acusado na morte de Ricardo Lessa
O pai de Eloá Pimentel é um foragido da justiça alagoana: o ex-cabo da Polícia Militar Everaldo Pereira é um dos acusados no assassinato do delegado Ricardo Lessa, irmão do ex-governador Ronaldo Lessa. O crime ocorreu em 1991. Dois anos depois, Everaldo, que em Santo André teria adotado o nome de Aldo, fugiu de Alagoas. Durante todo o desenrolar do seqüestro da filha, o pai não apareceu. No dia em que houve a invasão do apartamento, ele passou mal e foi atendido por equipes médicas. Foi o único momento em que ele foi visto." (do site do jornal Gazeta de Alagoas).
Zé do Coco
Ronaldo Lessa, Soraia, não era o tal governador que gostava de apanhar da mulher? Não era ela que praticava aquele esporte divertido de dar surra no marido com toalha molhada?
ResponderExcluirZé do Coco
Allah!!! Do que vc foi lembrar, Zé! Essa aí era Denilma Bulhões, que castigava o marido Geraldo com toalha molhada, rs.
ResponderExcluirTerra de ninguém, mesmo. Em época de Lei Maria da Penha, essa aí se virava muito bem. Ou melhor, batia bem.
Em tempo: sou contra a violência (ainda que merecida).
Ah, a peça é a mesmo, só os atores são outros.
ResponderExcluirEstás por dentro, hein, moça?
Zé do Coco