Antes de dormir, tinha que me deparar com uma notícia como essa, que trago para os leitores do blog: vejam a matéria de Rodrigo Durão Coelho, da BBC Brasil no Cairo.
Um influente clérigo saudita lançou um decreto religioso (fatwa) dizendo que as mulheres que cobrem suas faces com um véu devem deixar apenas um olho descoberto. O xeque Mohamed Al Habdan fez a afirmação durante um programa de TV por satélite da emissora Al Maid, que transmite para vários países do mundo árabe e já foi plataforma para o lançamento de outras fatwas. "Quando Ibn Abbas (um conhecido estudioso do islamismo) lia uma passagem do Alcorão (o livro sagrado dos muçulmanos) que mencionava o véu, ele cobriu sua face e um olho, mostrando apenas um pouco do outro olho e disse: este é o véu que cobre o rosto, apenas o suficiente para ver o caminho", disse ele. Disse ainda que as mulheres muçulmanas que usam o niqab, ou véu que cobre o rosto, ajustem a indumentária para que ela passe a cobrir um dos olhos. Segundo ele, mostrar os dois seria "islamicamente incorreto", por não ser recatado o suficiente. O niqab é bastante comum em vários países do Golfo e vem se tornando cada vez mais popular em países tradicionalmente mais liberais como o Egito.
Outras polêmicas
Al Habdan já emitiu outras fatwas polêmicas, como a que proibia mulheres de saírem de casa sem a companhia de um mehrem, que é um guardião homem que seja proibido de casar legalmente com ela, como o pai, filho ou um irmão. Outros decretos controversos já foram emitidos no canal de TV Al Maid. O importante clérigo Saleh El-Lheidan condenou aqueles que assistem aos Jogos Olímpicos e novelas turcas. "Nada deixa o demônio mais contente do que assistir essas atletas mulheres competindo em trajes apertados", disse ele. Para Lheidan, o problema das novelas turcas, um fenômeno atual de audiência no mundo árabe, seriam as cenas ambientadas nos quartos, algo proibido segundo o religioso. Lheidan chegou a autorizar o assassinato de donos de emissoras que transmitem programas considerados anti-islâmicos, mas voltou atrás e disse que a sentença de morte deveria ser aprovada antes por um tribunal islâmico. Outra fatwa incomum emitida recentemente foi a que classificou o personagem Mickey Mouse como um "agente de satã". O xeque saudita Muhamed Munajid disse que, "tanto o rato doméstico como seu equivalente na ficção devem ser mortos". (BBC Brasil)
Esses mullahs deitam e rolam quanto querem e, por serem destituídos de masculinidade suficiente para cuidar de suas próprias obrigações de maridos, querem se valer de uma autoridade discutível para oprimir as mulheres.
ResponderExcluirAo invés de acompanhar os tempos, o Islam está retrocedendo.
Lamentável.
Zé do Coco