Inconformado com o fim do relacionamento, Lindemberg Fernandes Alves decidiu render a ex-namorada na última segunda-feira (13). Na ocasião, ela estava em companhia de três amigos - dois garotos liberados no mesmo dia e a menina que, apesar de ter sido libertada 33 horas depois, retornou ao apartamento na quinta-feira (16). A Polícia Militar invadiu o apartamento por volta das 18h10 de sexta. No mesmo horário, a Polícia Militar reunia a imprensa para uma entrevista perto do prédio - segundo a corporação, seria para comunicar o impasse nas negociações. Após uma explosão, aparentemente uma bomba de efeito moral jogada no apartamento, policiais militares do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) entraram no apartamento - alguns pela janela. Foram ouvidos três estampidos, semelhantes a tiros. A Polícia Militar afirmou que invadiu o apartamento após ouvir um tiro e porque o comportamento de Alves, durante a tarde, era muito agressivo. Alves foi preso, aparentemente, sem ferimentos graves. (Folha Online)
Ação policial de principiantes, isso é o que pouca gente está disposta a admitir.
ResponderExcluirZé do Coco
Nada mais importa para uma das famílias. Segundo se informou, Eloá estaria em coma irreversível.
ResponderExcluirUma vida foi tirada por um dequalificado que agora vai ter um encontro com o seu inferno particular. Que tenha uma vida longa, bem longa.
Zé do Coco
Não vamos pensar em "censura" mas o assunto devería ser revisto com carinho pela mídia e autoridades da sociedade. Excetuando a Globo, que é moderada, temos visto uma onda de sensacionalismo visando audiência e de até autoridades querendo ter o seu minuto de fama.O QUE É MAIS IMPORTANTE: O DIREITO DO PÚBLICO DE RECEBER A INFORMAÇÃO OU A NECESSIDADE DE EVITAR A REPETIÇÃO DE TRAGÉDIAS DESSE TIPO.
ResponderExcluirREPASSANDO MATÉRIA DA BBC:
MORTES GERAM DEBATE SOBRE PAPEL DA IMPRENSA EM ISRAEL
Guila Flint - Tel Aviv para a BBC Brasil
Caso da menina Rose Pizem ganhou grande destaque na mídia
A ocorrência de mais dois assassinatos de crianças em Israel na última semana nos quais as próprias mães são suspeitas está gerando uma discussão sobre o papel da imprensa ao divulgar casos desse tipo.
Especialistas dizem que o grande destaque dado pela imprensa, há uma semana, ao assassinato de uma menina de 4 anos por seu avô-padrasto pode ter levado mais duas mães a matarem seus filhos, também de 4 anos.
(Edson Carmona)
Na noite desta terça feira, a polícia de Tel Aviv recebeu um telefonema de Regina Kruchkov, avisando que tinha matado seu filho de 4 anos, Michael. Ao chegar ao apartamento da mãe, os policiais encontraram o corpo do menino, que teria sido afogado pela mãe na banheira.
Poucos dias antes, outro menino de 4 anos foi supostamente assassinado pela própria mãe. Alon Borissov morreu afogado no mar, na praia de Bat Yam, ao sul de Tel Aviv.
Os dois casos ocorreram dias depois que a mídia em Israel deu um destaque sem precedentes ao caso da menina Rose Pizem, assassinada por seu avô e padrasto.
De acordo com o psicólogo Tzvica Toren, especialista em crianças em situações de risco, a "onda" de assassinatos de crianças dentro das famílias pode ser conseqüência do grande destaque dado pela mídia.
"Muitas vezes, a divulgação de uma 'solução' para uma angústia muito profunda leva outras pessoas que sofrem da mesma angústia a adotar a mesma 'solução'", disse Toren à radio estatal de Israel.
"O mesmo acontece em hospitais psiquiátricos. Quando um paciente se suicida, muitas vezes se seguem mais suicídios", afirmou.
"A MÍDIA DEVERIA TRABALHAR COM ESPECIALISTAS E MEDIR QUANTO DESTAQUE DEVE DAR PARA CERTOS CASOS, A FIM DE NÃO INCENTIVAR A OCORRÊNCIA DE MAIS CASOS PARECIDOS", DISSE O ESPECIALISTA.
O RISCO DE OUTRAS PESSOAS COPIAREM O ATO DESTACADO PELA MÍDIA GERA UMA POLÊMICA EM ISRAEL SOBRE O QUE É MAIS IMPORTANTE: O DIREITO DO PÚBLICO DE RECEBER A INFORMAÇÃO OU A NECESSIDADE DE EVITAR A REPETIÇÃO DE TRAGÉDIAS DESSE TIPO.
Concordo plenamente com o exposto acima. E a mídia brasileira já deveria ter aprendido a lição com o recente caso de Isabella Nardoni - após a tragédia em SP, seguiram-se outros (ameaça de pai jogar o filho pela janela em decorrência de briga com a mulher, o bebê atirado pela mãe em Curitiba) que comprovam exatamente o que quis dizer ao abordar este assunto. Aguardem. Infelizmente, tenho palpite que episódios traumatizantes como este poderão se repetir. Aí quero ver o que irá fazer, não só a mídia, mas a polícia também.
ResponderExcluir