Hoje em meu programa de rádio, ouvimos os cascavelenses a respeito da reforma ortográfica que está em vigor no Brasil desde o dia 1º. A princípio, todos que foram inquiridos pela repórter Ariel Tavares demonstraram estar bem informados sobre as mudanças que ocorreram (as quais poderão ser gradativamente incorporadas pelos brasileiros até 2012) discordando apenas quanto à aplicabilidade no dia-a-dia. Aí lembrei do que li na revista Época da semana passada, quando uma leitora mineira (não me lembro o nome da danada) que disparou, fortemente municiada de sabedoria, que o brasileiro tem uma formação deficiente na educação, o que o torna inseguro diante de mudanças e que essa insegurança enfraquece também nossa cultura e nossa língua. Fiquei pensando e concordo com ela: é preciso mais que a reforma ortográfica. É preciso uma reforma de base na educação para que o brasileiro tenha a tal segurança para enfrentar qualquer mudança, seja ela de simples supressão de regras de acentuação ou de conduta e cidadania. Mas para isso é preciso vontade política. Voltando ao assunto, em Portugal houve até abaixo-assinado para que não ocorresse o acordo, infrutífero, destaco. Polêmica à parte, deparei-me com a fala do presidente da Academia das Ciências de Lisboa, Adriano Moreira: "Felizmente para a Língua Portuguesa, o Brasil tem muito mais falantes de português do que Portugal. Se não fossem eles, a Língua Portuguesa era muito limitada em termos de pessoas que a falam".
Taí algo para se pensar. E para lembrar as modificações que passam a fazer parte de nosso cotidiano escrito - lembrando que o vocabulário não foi modificado, a pronúncia não sofreu alteração alguma - reporto aqui o link de alguns meses atrás, com o que muda na ortografia da língua portuguesa no Brasil.
Só há uma coisa meio que surrealista a respeito dessa tal reforma, Soraia. Quem a assinou em nome do Brasil foi um sujeito que prefere ir ao botequim do que a uma biblioteca e na realidade não entende lhufas do que assinou, é o mais caro pau-mandado que temos no País. Claro que o importante é que seus "açeçores" entendam do riscado. E tem mais, tanto o Legislativo como o Executivo federais NÃO começaram a aplicar as novas regras. Já o Judiciário entrou no novo ano totalmente adaptado à nova realidade.
ResponderExcluirNão sei detalhes quanto ao resto do País, o que sei é que as despesas para alterar matrizes de livros didáticos, por exemplo, serão astronômicas.
O cidadão que você citou, Adriano Moreira, usou a seguinte expressão: "Se não fossem eles, a Língua Portuguesa era muito limitada em termos de pessoas que a falam".
Veja aí que mesmo com a alteração ortográfica os portugueses ainda vão continuar utilizando formas verbais diferentes. É o caso do verbo na frase - "ERA". Aqui no Brasil o correto é SERIA.
As diferenças regionais serão preservadas, como você pode ver.
Zé do Coco