sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Não é normal. Ajudem a propagar que matar crianças não é normal!

Não me digam, por favor, que abrir os jornais, ligar o rádio ou a TV e acessar a internet virou rotineiramente passaporte para o parque dos horrores dos homicídios e assassinatos monstruosos. Posso até concordar, diante dos fatos. Mas não insista dizendo que isto está se naturalizando em nossa sociedade. Me recuso a pensar desta forma. Até quando os legisladores irão fechar os olhos para a conduta sangrenta e primitiva que dominou nossos grupos divididos social e culturamente? Até que ponto nossos governantes irão tolerar a lei branda que é motivo de piada e escárnio dos grupos de extermínio e traficantes, que decidem quem morre e quem vive sem critério algum nem misericórdia? O drama vivido e acompanhado pela imprensa do oeste do PR desde o último sábado, quando foi noticiado o desaparecimento de Euclides Henrique Ernzen, de sua filha Bruna de 12 anos e do sobrinho Fabrício de apenas 2 anos de idade, aumentou ainda mais quando ontem, agricultores da área rural de Marechal Cândido Rondon, acharam os corpos das crianças. Hoje, foi encontrado o de Henrique e o principal suspeito, o policial militar Almir Soares, está detido desde o dia 23, sem confessar crime algum. Henrique e as crianças teriam saído de Pato Bragado e dirigiram-se a Marechal Cândido Rondon para encontrar-se com seu algoz. As investigações policiais seguem a linha de acerto de contas e queima de arquivo. Duas crianças: 12 e 2 anos... Queima de arquivo. Difícil olhar para o rosto do pequeno Fabrício e acreditar que um outro ser humano tenha sido capaz de executá-lo com um tiro na cabeça. Não, não podemos deixar que a violência animalesca, irracional, ambiciosa e grotesca se naturalize em nosso meio. É assim que as tribos viviam no passado, quando não havia organização nem traços de evolução no seio das civilizações antigas. E quando ocorrem crimes HEDIONDOS, REPUGNANTES, como este, não podemos discutir o endurecimento das penas, pois o fazemos no " calor das emoções". Quando isto aqui virar terra de ninguém e a lei do 'olho por olho, dente por dente' prevalecer, o caos estará instaurado (e não falta muito para acontecer) e aí, será tarde demais para salvaguardar o homem de bem. Este, dará as costas à Justiça e fará sua própria segurança. O Estado que não enfrenta a violência, cairá através dela.
Às mães de Bruna e Fabrício, minha consternação e sincero abraço.
Foto - O Paraná

2 comentários:

  1. A polícia, com todo o aparato de que dispõe, comete besteiras e prende pessoas inocentes e as deixa encarceradas por anos sem julgamento.
    Que tipo de justiça cidadãos despreparados, destreinados, poderiam colocar em prática? Por isso, temos de mudar o Estado. Ele só toma atitudes rápidas e certeiras quando se trata de satisfazer os interesses dos endinheirados, dos poderosos.
    Mas eu particularmente não acredito em fazer justiça com as próprias mãos. Ao mesmo tempo, não tenho a menor confiança em policiais. É tão fácil pegar um otário na rua, dar-lhe um murro na boca do estômago e enquanto ele tenta se recobrar do choque colocar papelotes de cocaína e pedras de crack nos bolsos dele. Pronto, mais um traficante tirado das ruas pela ação eficaz da polícia...
    Aí nos perguntamos: o que fazer? Eu sinceramente não sei.

    Zé do Coco

    ResponderExcluir
  2. Euzinha continuo fazendo papel de uma andorinha numa floresta em fogo, não resolvo, mas faço o que posso dentro da minha capacidade...sou tão pequeueueninininha...

    ResponderExcluir

Obrigada por sua participação em meu blog!