O governo federal está terminando de organizar um mapeamento pioneiro do câncer de mama. Portaria recém-publicada no Diário Oficial da União determinou que todas as pacientes que realizarem mamografia no sistema público de saúde terão seus dados (nome, idade, tempo de procura para fazer o exame, estágio do tumor) fornecidos a um banco de dados único, para que o perfil da doença, pela primeira vez, possa ser traçado em território nacional. Hoje, as informações do tipo de câncer que mais mata o sexo feminino são descentralizadas, o que não permite um retrato real da incidência brasileira da doença. Chamado de Sismama, o banco único será um dos instrumentos do Ministério da Saúde para elaborar políticas. Também será possível identificar particularidades do câncer em cada região: qual a idade média das mineiras que adoecem, se as cariocas procuram tratamento tarde ou se as paulistanas estão aparecendo precocemente nas estatísticas das neoplasias, por exemplo. Ainda é preciso regulamentar a operacionalização do novo banco de dados, com início previsto para este semestre, mas a ferramenta já é muito esperada pelos técnicos do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Outra vantagem é que será possível controlar melhor eventuais fraudes com mamógrafos. Implantado o Sismama, todos os gestores dos 2.644 aparelhos brasileiros só receberão a verba gasta em cada exame depois de abastecerem o banco. Atualmente, são realizadas, em média 668, 1 mil mamografias por ano. Antes associado só a idosas, o último relatório do ministério alerta que o câncer de mama é o quinto maior causador de morte das mulheres em idade fértil (10 a 49 anos), deixando para trás pneumonias, diabete e até doenças cardiovasculares. (Comissão de Cidadania e Reprodução)
Isso tem a ver com a invenção da pólvora pelos chineses. Há muito tempo se fala em mapeamentos e quejandos tais, e nada de concreto é feito. E não vem do (des)governo Lula não, é bem mais antigo, anterior a FHC. Ninguém faz nada, principalmente quando se vê o tamanho do pepino que é manter um cadastro desses, que vai mostrar, mais do que o avanço do câncer de mama, a incúria e má vontade dos governantes na hora de implementar o tal cadastro.
ResponderExcluirSenhoras, desculpem meu pessimismo, mas há muito tempo que vejo as senhoras sendo esquecidas pelo poder público. Há muito tempo que ouço falar de desvios de verbas para interesses outros e o atendimento à saúde de vocês continua esquecido.
Zé do Coco