domingo, 26 de fevereiro de 2012

Música de hoje: Joana Francesa

Uma das mais lindas de Chico Buarque!



"Tu as le tropique
Dans le sang et sur la peau"

            

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Um conto para esta sexta-feira: Ana Maria

Imagem - divulgação

Ana Maria era uma menina magrela que morava na minha rua. Não, na verdade Ana Maria não era tão magrela assim. Tinha pernas compridas e alguém resolveu chamá-la de Olívia Palito. Não deu certo. Por alguma razão, Ana Maria sequer importou-se com o apelido e então, todos foram deixando de usá-lo. Mas, tinha algo em Ana Maria que incomodava a todos nós. Talvez fosse o jeito indiferente com o qual ela nos tratava, ou o desdém ante nossas brincadeiras, não sei... Ana Maria era um mistério para a rua toda.
       


       Seus pais haviam mudado há pouco tempo e embora fossem tão reservados quanto a filha, não apresentavam a mesma aura de mistério. O tempo foi passando e Ana Maria cresceu. De repente, a menina sem graça e desajeitada transformou-se em uma linda moça com cabelos avermelhados e olhos incrivelmente verdes. Mesmo tornando-se atraente e despertando a atenção dos rapazes de minha rua, Ana Maria continuava misteriosa, apática no que dizia respeito a qualquer um de nós. Nunca ficava no portão para uma conversa, nem mesmo cumprimentava-nos direito. Não compreendíamos o que se passava por sua cabeça. Vieram então a faculdade, os novos amigos, formatura, e desse modo pude esquecer-me um pouco de Ana Maria. Casei-me três anos após concluir o curso de Serviço Social, e lá estava ela em meu casamento, com os antigos amigos de minha rua. Mas até em minha festa, Ana Maria se destacava: não porque quisesse, simplesmente acontecia. Sua figura bela contrastava placidamente com sua aura de mistério, lacônica, formando assim, uma visível antítese humana.


 Após longos anos, com os filhos crescidos e quase casados, voltei à minha antiga rua para rever os amigos saudosos. Encontrei apenas rostos novos, famílias desconhecidas e o sentimento que invadiu minha alma era de abandono, quase solidão. Caminhei algumas quadras e parei em frente a uma casa familiar, um pouco desgastada pelo tempo. De meus olhos cansados, uma lágrima caiu silenciosamente e suspirei então, com certo alívio. As lembranças, estas ninguém poderia arrancar-me. Decidi dar meia-volta e retornar, quando notei certa agitação no interior da casa. Apertando os olhos, pude acompanhar a movimentação da figura esguia que se encaminhava para fora. Aproximei-me do portão, para lhe perguntar, quando abrisse a porta, do destino de meus amigos, se sabia onde poderia encontrá-los. A porta se abriu. Não pude conter as lágrimas. A mulher que sorria para mim conservava toda a beleza de outrora. O tempo não lhe afetara. Nada pude dizer, apenas contemplar.
       
          Com ela era assim: não lhe fazíamos a menor diferença. Virando-se, Ana Maria retornou a casa sem esboçar o menor sinal de surpresa ou contentamento. A porta se fechou, e novamente a única pessoa que me intrigou nessa vida, retirou-se como uma rainha. Ana Maria era mesmo um mistério para todos nós...

(Soraia David)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Dicas de Buenos Aires


Gente, um lugar gostoso (literalmente) para fazer as refeições em Buenos Aires é o Siga La Vaca, localizado em Porto Madero, região totalmente reestruturada para o turismo.

Maridão aprovou a dica de amigos

Além do excelente atendimento (gracías, Juana), você se serve à vontade, saboreando saladas, massas e o famoso churrasco argentino - aliás, um dos melhores bifes de chorizo (corte argentino semelhante ao contra-filé brasileiro) que já provei é servido lá! A bebida que você escolher será servida em jarra, ou seja, se for refrigerante, acaba sobrando.



São cobrados, por pessoa, 105 pesos - o equivalente a pouco mais que R$ 46. E ainda você poderá escolher a sobremesa (la postre) que desejar! Uma delícia!
Se você for a Buenos Aires, não deixe de conhecer a culinária do Siga La Vaca! Recomendo!

Vulcano chocolate cakes

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Aloha, amigos!

Depois de um tempinho longe do blog, estou de volta! Decidi que as férias seriam longe do notebook (mais ou menos, né) e voltadas para coisas mega importantes como os preparativos de meu casamento, viagem de lua-de-mel e total atenção ao meu marido mais que amado!
Fim de férias, reinício de trabalho e a continuidade de nossas rotinas que devem ser permeadas com otimismo, amor no coração e um sorriso franco nos lábios! Espero que vocês estejam bem - ando preocupada com  a ausência do Zé aqui no blog, oxalá esteja td em ordem em Ctba - e que tenham um ano estupendo, repleto de realizações e acontecimentos felizes!
Transcrevo as sábias palavras do saudoso Henfil, que tão bem decodificou a vida! Beijo!!

Por muito tempo, eu pensei que a minha vida fosse se tornar uma vida de verdade.
Mas sempre havia um obstáculo no caminho, algo a ser ultrapassado antes de começar a viver, um trabalho não terminado, uma conta a ser paga. Aí sim, a vida de verdade começaria.

Por fim, cheguei à conclusão de que esses obstáculos eram a minha vida de verdade.
Essa perspectiva tem me ajudado a ver que não existe um caminho para a felicidade.

A felicidade é o caminho! Assim, aproveite todos os momentos que você tem.


E aproveite-os mais se você tem alguém especial para compartilhar, especial o suficiente para passar seu tempo; e lembre-se que o tempo não espera ninguém.

Portanto, pare de esperar até que você termine a faculdade; até que você volte para a faculdade; até que você perca 5 kg; até que você ganhe 5 kg; até que seus filhos tenham saído de casa; até que você se case; até que você se divorcie; até sexta à noite até segunda de manhã; até que você tenha comprado um carro ou uma casa nova; até que seu carro ou sua casa tenham sido pagos; até o próximo verão, outono, inverno; até que você esteja aposentado; até que a sua música toque; até que você tenha terminado seu drink; até que você esteja sóbrio de novo; até que você morra; e decida que não há hora melhor para ser feliz do que agora mesmo...
Lembre-se: felicidade é uma viagem, não um destino.