Foto: Dida Sampaio/AE
Primeiro, a boa notícia: o desmatamento no Cerrado está em recessão. Nos últimos sete anos, caiu mais de 60%, segundo um levantamento inédito da Universidade Federal de Goiás (UFG). Agora, a dura realidade histórica: mesmo com essa redução, mais da metade do bioma já foi destruída ou alterada pelo homem nos últimos 40 anos, ao ritmo de quatro campos de futebol por minuto, sem que ninguém se preocupasse muito com isso. De um lado, a Amazônia, ícone máximo da ecologia mundial. Do outro, a Mata Atlântica. E no meio delas, o Cerrado. Espalhado por mais de 2 milhões de km², do litoral do Maranhão até o norte do Paraná e oeste de Mato Grosso do Sul, o Cerrado é a pele que recobre quase um quarto do território brasileiro. É o segundo maior bioma do País, com um mosaico de cenários que variam de dunas e campos a chapadas e florestas. (Estadão) Leia mais
Caso alguém não saiba do que a Soraia está falando, essa região se notabiliza por um detalhe: é o lugar onde as pessoas iam nos fins de semana para catar guabirobas, uvalhas, marolos e outros frutos do campo.
ResponderExcluirNa minha terra, interior de São Paulo, já não existem mais esses campos, que foram devastados para plantar nada menos do que CANA-DE-AÇÚCAR a fim de fabricar etanol.
Não vamos conseguir mercado para esse produto na escala em que está sendo produzido e ainda perdemos um excelente entretenimento, a colheita de frutas nativas que garantiam o sustento dos mais pobres com saúde e um bocado de diversão.
Quem nunca viu uvalha, marolo, guabiroba e mamica-de-porca não sabe o que perdeu.
Rodrigues