PERGUNTA - A presidente eleita é a favor da volta da CPMF?
LULA - Aí eu não sei. Olha, eu vou parar a minha parte por aqui…
Voltei Está tudo muito claro, não? Agora vamos ler o que Dilma disse ontem na entrevista concedida à Band:
“Eu não pretendo [recriar a CPMF]. Eu pretendo, no caso de reforma tributária, fazer uma redução tributária. Reduzir os tributos sobre investimentos, fazer uma avaliação sobre a questão da folha de salário. Reduzir os impostos sobre medicamentos e saneamento também. E, sobre a energia elétrica, depende de uma discussão com os governadores”.
Alguém poderá objetar: “Mas quem falou foi Lula, não Dilma”. Ela estava ao lado. Ouviu tudo com o silêncio da aquiescência. Na prática, a promessa feita na Band não durou 24 horas. Ela vai tentar recriar a CPMF ou não? Não dá para saber. Já há elementos para concluir uma coisa e seu contrário. O que se tem como certo é que, caso a proposta volte a ser debatida, o governo Dilma vai exigir a cumplicidade da oposição. Sabemos agora, também, QUE NÃO EXISTE, ENTÃO, DINHEIRO PARA CUMPRIR TODAS AS PROMESSAS FEITAS DURANTE A CAMPANHA ELEITORAL. Dilma se esqueceu de dizer, enquanto pedia votos, com quais recursos pretendia pôr em prática a sua ‘revolução” na área da saúde. O truque já está evidente: vão fazer o ensaio para recriar o imposto, sim. Se a oposição não tomar dividir esse ônus, o governo tentará jogar nas sucas costas a responsabilidade pelo caos que vive a área. Caberá aos oposicionistas cair no truque ou, bem…, fazer política. Afinal, eles deverão se lembrar de que, caso topem a proposta, jamais serão sócios de eventuais benefícios que a medida poderia trazer — e ainda queimam o filme com aqueles que se opõem à cobrança.
*Blog Reinaldo Azevedo 03/11/10
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