terça-feira, 16 de outubro de 2012

Sensualidade é...

Quando a mão de um homem toca a mão de uma

 mulher ... Ambos tocam o coração da eternidade.



Khalil Gibran


domingo, 30 de setembro de 2012

A irreverência do ris(c)o II


          
 Hebe Camargo entrevista Dercy Gonçalves em seu programa na Rede Record, em 1969  - Foto/Divulgação


           Pra quem se lembra, há 4 anos presenciamos através da mídia, um enterro incomum. Ao invés de silêncio e choro, bateria de escola de samba e aplausos. Foi assim que a comediante mais polêmica que o Brasil já conheceu, nascida Dolores e conhecida como Dercy Gonçalves despediu-se de seus fãs e simpatizantes. Curiosamente no ano de 2008 perdemos também a antropóloga Ruth Cardoso que a maioria dos brasileiros aprendeu a chamar de primeira-dama, título que a professora universitária repudiava. Naquele ano ainda, Hillary Clinton perdeu a corrida por uma vaga no partido democrata para disputar as eleições presidenciais, Ingrid Betancourt foi libertada pelas FARC e Aleida Guevara esteve em Cascavel para proferir palestra sobre o legado de seu pai, revolucionário sonhador para alguns, terrorista militante para outros. A Argentina agonizava (e ainda agoniza) em sua crise interna, cuja protagonista, Cristina Kirchner, poderia muito bem entoar em família o hino Don’t cry for me Argentina sem temer qualquer crítica: o papel de protagonista sofrível do país vizinho lhe cai muito bem. Setembro de 2012, 4 anos depois, presenciamos novamente mais um enterro incomum: a alegria manifestada em forma de apresentadora, se cala. Vai embora, sai de cena sem dar o último selinho em seu público. Em Cascavel, duas mulheres disputam a corrida ao paço municipal, enquanto outra concorre como vice, depois de enfrentar uma disputa consigo e com o partido. E aqui não cabem juízos de valor ou críticas - quaisquer que sejam - sobre a candidatura das mesmas. O foco é: o que estas mulheres têm em comum para ganhar as páginas dos jornais e ocuparem espaço na mídia? Em algum momento de suas vidas, elas arriscaram. 

          Errando ou acertando, saíram da posição de esposa, mãe, profissional e partiram em busca de um sonho acalentado talvez na infância, ou aflorado por qualquer circunstância que o valha. Estão tentando. E digo, com absoluta convicção, que é muito mais cômodo e seguro (por que não dizer?) limitar-se ao exercício de nosso trabalho – apreendido nos bancos escolares ou na escola da vida – e às atividades de casa do que adentrar no universo masculino e posicionar-se junto (ou contra) àqueles que fizeram da política e dos outros setores, um ambiente predominantemente masculino. E não torçam o nariz argumentando que as mulheres têm direitos iguais e que entram nessa por oba-oba. 

        Poucas arriscam. Poucas se expõem. Por isso quero registrar a tentativa, a luta aguerrida e ousada de muitas que desafiam o poderio que impera por aí, lutando contra o preconceito arraigado em nossa cultura. Dizem por aí que há uma pesquisa que comprova que a mulher é incorruptível - ou menos que o homem. Sinceramente, creio não ser prerrogativa do gênero feminino e sim de caráter. E caráter independe de gênero. Mas comecei essa prosa falando em Dercy Gonçalves e na saudade que tenho de ver sua irreverência escrachada e a autonomia de falar o que bem quisesse que a experiência dos anos lhe conferia. Saudade de sua ousadia, que certamente soltaria um “que p&#*a é essa?” se pudesse ler este artigo.  Saudade agora da simplicidade e carisma de Hebe Camargo, que improvisava no palco e divertia seu público até quando cometia gafes. Era verdadeira. Aliás, poucas pessoas vivem quase um século sem rabo preso com ninguém; elas conseguiram. Mas o importante mesmo é tentar. Arrisque-se mulherada!

sábado, 29 de setembro de 2012

My sweet brother...




Saudade se explica pela distância que não dá pra apalpar
Pelo silêncio das lembranças ruidosas e descaso do abraço
Quando o vazio se transforma em longe e o longe transforma
A alegria em olhar perdido – fiquei órfã do seu sorriso
Ausência de cheiro, de toque, de referência de infância e cumplicidade de futuro
Se explica pelo que não é explicável – é sentido
Muda a forma de ver o mundo
O que era comum vira, de novo, saudade
Tanto tempo, tantos sonhos, tanto frio de ausência
Na certeza do que sabe, do que ama, me conforto e espero
Mas a saudade, ah... Saudade, sempre... Sandro!

Feliz aniversário, meu irmão amado! Que Deus cuide direitinho de você, nosso precioso!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Carro de Sheik – Ferrari cria modelo exclusivo para empresário árabe

Foto/Divulgação



Sonhar em ter uma Ferrari é para fracos. Que graça tem em possuir um carro da marca italiana, se há outros iguais andando por aí? Provavelmente, é dessa forma que o empresário Cheerag Arya, de Dubai, deve pensar. Após insistir, conseguiu convencer a companhia a criar um modelo exclusivo para ele. Foram doze opções de design apresentadas, tendo como base o supercupê 599 GTO. Insatisfeito, ele pinçou elementos de cada uma e montou um modelo próprio, que único certamente custou mais de R$ 3 milhões (US$ 1,5 milhão).
Arya, que administra a empresa petrolífera da família, manifestou o desejo em ter uma Ferrari após folhear uma revista e ver a foto de um jogador de baseball ao lado de uma F40. Tempos depois, comprou uma 575M Maranello. Mais sucesso na carreira motivou-o a expandir a coleção, com F430 Scuderia, Enzo, Daytona, 599XX, 599 GTO, AS Aperta e F40. Após a sucessão de supercarros, chegou à conclusão de que precisaria mesmo de um modelo único. “Vou mantê-lo em Dubai e levá-lo para a Europa todo verão. Não ficarei mostrando para o mundo, é algo muito pessoal”, declarou Arya à Ferrari Magazine.
Esta é a terceira vez em que a marca cria um automóvel exclusivo. Já foi produzida uma SP12 EC, para o guitarrista, cantor e compositor Eric Clapton. O outro veículo especial foi o P540 Superfast Aperta, para Edward Walson, filho do criador da TV a cabo. (Fonte - www.carrosemotores.blog.br/)
O empresário ao lado de sua Ferrari (Foto/divulgação)


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Algo mais que poder

              
Soraia David M. Rosa da Silva
  Foto/Fábio Conterno

                 As eleições se aproximam e vejo a expectativa aflorar no rosto das pessoas, de diferentes formas. Há aqueles que mostram uma certa luminosidade quando falam em futuro, em progresso, em confiança nos que irão eleger, e isso me dá alegria. A estes, a esperança em dias melhores se apresenta na forma do voto, na oportunidade de participar da consolidação democrática de seu espaço político-geográfico.

                Outros espelham a frieza dos cálculos e dos acordos em suas faces, como se o pleito eleitoral fosse apenas um esquema para se manter no jogo político sustentado pelo erário e poder público. Meu desdém e desprezo por tais pessoas. Minha piedade também, já que sou provida desse sentimento. Friedrich Nietzsche, em ”A Vontade de Poder”, trata deste tema da seguinte maneira: “... A grandeza de caráter não consiste em não experimentar emoções; pelo contrário, estas são de se ter no mais alto grau; a questão é controlá-las e, ainda assim, havendo prazer em modelá-las, em função de algo mais”. Eis o ponto. O homem que se deixa corromper no exercício de suas funções públicas, na verdade não tem competência nem condições de controlar as emoções que advém de tal ocupação.

               É um inepto, incapaz, e deveria envergonhar-se de sua condição humana no aspecto da estupidez. Há os que riem e se vangloriam de passar a perna nos milhões de pobres brasileiros que se iludem dia após dia com seu salário minguado, com o bolsa aqui e acolá que fermenta sua existência e os faz parecer mais miseráveis do que realmente são. Deboche equivocado. A miséria da alma e da mente se aloja verdadeiramente no homem público que não consegue direcionar suas emoções para a realização do “algo mais” citado por Nietzsche. São tão poderosos, mas tão poderosos, que só têm o poder. Nada mais.

                O que irá acontecer no dia 7 de outubro ainda é uma incógnita. O que passará pela cabeça do eleitor que anda desempregado, descrente do futuro que lhe bate à porta? Por quais caminhos segue a mente do pequeno empresário, do agricultor e da professora que têm acompanhado a política pública de seu setor? E o jovem... O que deve pensar o jovem sobre o momento político que vivemos? As urnas responderão a estes questionamentos em breve. Traduzirão em números os anseios e exigências de uma sociedade que faz esperar, acreditar, insistir para crer novamente.

                Que novos tempos venham. Que a expressão facial daqueles que esperam viver um município mais humano, digno, seguro e transparente, seja radiante. Nós, eleitores, estamos prontos para mais uma escolha democrática em que pesem nossa confiança e futuro nas mãos e coração de quem terá a oportunidade de controlar suas emoções e moldá-las, como sugeriu um dia Nietzsche, em nome de algo mais que poder.

Soraia David M. Rosa da Silva