terça-feira, 5 de junho de 2012

Lixo, futuro e educação - Salve o 5 de junho!

       

Imagem - Reprodução


        Somos mesmo uma civilização imediatista. Inclusive na hora de comemorar datas como a de hoje, 5 de junho, dia mundial do meio ambiente. É só digitar estas cinco palavrinhas no Google que centenas de links ficarão disponíveis com assuntos relacionados ao tema. Claro, porque hoje é 5 de junho. Aí vem toda aquela falação – discurso mesmo – sobre preservação das matas, limpeza e manutenção das nascentes, uso correto (se é que existe) de agrotóxicos, separação e coleta ecologicamente corretas do lixo, enfim... Tudo o que se pode imaginar sobre como manter, ou na melhor das hipóteses, tentar manter o planeta menos poluído, evitando assim, uma provável extinção de qualquer espécie de vida futura.

        Esse casuísmo é que me irrita. Não tínhamos que ter esse cuidado ou preocupação porque corremos riscos ou pelo motivo óbvio de que atitudes desenfreadas ocasionadas pela ambição desmedida ou educação relapsa desencadeiam reações catastróficas na natureza e sim porque É O CERTO. Mas esperar que as pessoas tenham a exata consciência de como agir com o destino do próprio lixo que produzem ou com os recursos naturais que possibilitam sua existência, é pedir demais. Uma civilização que não dá conta sequer de manter o respeito e o pacifismo entre seus pares, vai lá respeitar ou cuidar do que não compreende? É pedir demais, sim.

       Assistimos, diariamente, gente tratando bicho como se fosse pano velho, objeto inanimado, sei lá! Até gente tratando gente como pano velho!! Ah, vou esperar que se preocupem com o lixo da casa! Com o córrego que passa logo ali, pertinho de onde moram ou com a sujeira do próprio quintal?! Imaginem, então, os valorosos universitários e afins que deixam a frente e as vias de acesso das faculdades em estado de calamidade pública, com a quantidade de papéis, latas, garrafas e outros objetos jogados após ficarem bebendo e ouvindo som alto durante a noite, notadamente nos finais de semana. É lixo que não acaba mais, num ciclo contínuo – lixo produzindo lixo.

        Então é assim – continuamos imediatistas até sabe lá Deus quando. Vamos ver se hoje algum político(a) vai defender a bandeira da ecologia (afinal, outubro tá aí) ou se algum(a) defensor(a) da educação contínua em prol de hábitos conscientes, cultivados dentro de casa que vão do respeito aos animais, pais, professores, pessoas mais velhas e aí, consequentemente, ao meio ambiente, aparece para salvar esse país da letargia em que se encontra, que repito, não prejudica apenas o futuro dos recursos naturais do planeta, mas também o que costumamos chamar de ser humano.

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