Nesta sexta-feira (19), a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) divulgou um comunicado elogiando a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que extinguiu a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão. Para a entidade, a exigência do diploma obriga os profissionais "a pertencer a uma associação ou colégio profissional para poder desempenhar o ofício".
A crítica veio por parte da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) através de nota, onde condenou a decisão do Supremo em revogar o diploma como requisito ao jornalismo. Segundo a entidade, o resultado da corte brasileira representa um "retrocesso" de repercussão internacional. A posição da FIJ, órgão de imprensa com sede em Nova York, vem à tona por meio de nota assinado por seu secretário geral adjunto, Paco Audije. Segundo ele, a Federação continuará prestando as instituições brasileiras pela qualidade das publicações da imprensa. A FIJ ressalta ainda que dará apoio à Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), em ações pela defesa da informação e o direito à oferta de publicações qualificadas no Brasil.
A Folha de S.Paulo mostrou-se favorável ao fim da obrigatoriedade do diploma no exercício do jornalismo. A posição do veículo vem à tona por meio de editorial publicado nesta sexta-feira (19). Para a Folha, a decisão da corte contribui para a liberdade de informação e profissional no país. No embasamento, o jornal paulistano ressalta que a obrigatoriedade, aprovada em lei pelo regime militar em 1969, dividiu a categoria e o sindicato dos jornalistas e veículos de imprensa. A Folha reforça a tese defendida por ministros do STF, de que a exigência do diploma, por restringir o acesso à profissão, torna-se "inconstitucional". (Portal IMPRENSA) Leia mais
Sobre esse assunto, Soraia, eu nunca escondi meu posicionamento. Sou contra a exigência de diploma de jornalismo. Isso, entretanto, não descarta a necessidade de estudar (estudar MESMO) para ser um bom jornalista.
ResponderExcluir"Os bumbum cor de rosa" lá dos States e alhures que vão plantar batata. Querem exigir que no Brasil se faça algo que nos países do mundo inteiro não é obrigatório.
ISSO SIM É RETROCESSO: para ser jornalista a exigência de diploma só é fato no Brasil. Por que essa fixação em estabelecer parâmetros que não são regra em lugar algum?
Claro que na redação de um jornal pode ser estabelecido qualquer padrão, que o jornalista tenha diploma de CURSO SUPERIOR, mas não necessariamente de Jornalismo, mesmo porque NENHUM curso no mundo todo dá o cabedal de conhecimento que seria necessário para um jornalista voltado, por exemplo, para o jornalismo científico.
Que os gringos lá fora se atenham a seus usos e costumes, se assim gostam, mas não interfiram em assuntos internos do nosso País.
Isso tem um nome que nada tem a ver com PROFISSIONALISMO: é puro corporativismo. Chega a ser indecente essa fixação em juntar canudos.
Atenção, marginais do mundo todo: quando um jornalista diplomado quiser entrevistá-los, fotografá-los etc., tirem o corpo fora, porque vocês vão aparecer nos jornais escritos e falados e isso é ilegal. Dêem como desculpa (perfeitamente válida) que não podem sequer permitir que falem em seus nomes nos veículos de comunicação, porque vocês não têm diploma de jornalismo. E só permitam que os jornalistas publiquem esse material mediante uma compensação financeira bastante.... compensadora.
E os passantes sendo entrevistados pelos canais de televisão recusem-se a responder perguntas, afinal de contas vocês não têm diploma de jornalismo e, por consequinte, não podem se pronunciar diante das câmeras nem ver suas respostas publicadas me jornais. Aí não dá mais para separar o que é NOTÍCIA publicada (atividade jornalística) de NOTÍCIA gerada (atividade do entrevistado).
Se voltarem ao assunto no Brasil, gente, criem barreiras à atividade jornalística (não permitam que os fotografem nem filmen, nem que suas palavras sejam publicadas). Se parar pessoas na rua para fazer perguntas se chama jornalismo, e para isso é evidente que não se torna necessário ter diploma, então o entrevistado que não tiver diploma de entrevistado não poderá dizer uma única palavra.
Soraia, isto está se parecendo com um fato ocorrido décadas atrás em Londrina, quando um grupo de normalistas (normalistas, você sabe, são aquelas meninas que fazem o curso Normal, usam saia plissada), ao passar no vestibular da UEL fizeram abaixo-assinado para propor junto à diretoria da faculdade que fosse instituído uniforme para os alunos. Não estou brincando, isso aconteceu de fato, aí por voltas de 1967 - 1968.
A coisa parece que degringolou de vez, temos gente barbada, com alguns anos de atividade jornalística mas nenhum de semancol, querendo ousar saia de normalista com direito a cerimônia de formatura e tudo mais. Seria ridículo se já não fosse trágico...
Rodrigues
Totalmente contra...
ResponderExcluirPara mim essa decisão do STF é um retrocesso... Uma decisão lamentável e vergonhosa para o Brasil.
Com tantos problemas a serem discutidos e resolvidos país... Derrubar a obrigatoriedade do diploma para exercer o jornalismo é simplesmente uma falta de respeito com milhões de profissionais que dedicaram suas vidas ao jornalismo sério e com responsabilidade e hoje se deparam com a realidade de que qualquer um pode ser exercer a profissão.
Que país é este que desvaloriza e simplesmente joga no lixo a qualificação e a profissão de milhares de trabalhadores deste país? Então estudar e se aperfeiçoar para trabalhar com a veiculação da informação não vale mais nada? “Qualquer um” pode fazer o que fomos qualificados e preparados para fazer?
Por um acaso estes Ministros, que utilizaram argumentos tão absurdos para justificar esta decisão, sabem que entre muitas outras disciplinas estudamos história, sociologia, antropologia, língua portuguesa, legislação, todos os diferentes meios de comunicação e seus impactos sobre a sociedade, ética...
Aos colegas, aconselho que sigamos confiando em nosso trabalho e em nossa competência. Aos demais sugiro que torçam para que no futuro não sejam banidos também os diplomas de médicos, engenheiros, e afins, pois neste país nada é impossível...