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Durante o almoço de hoje em determinado shopping da cidade, vi uma patinadora percorrendo o local, toda serelepe em sua vestimenta branca e vermelha, entremeada com corações, carregando uma cestinha - possivelmente contendo mensagens amorosas - para os frequentadores mais românticos. Caiu a ficha. Dia 12 à vista. Na próxima semana veremos muitas pessoas às voltas com presentes, mimos e preparativos para impressionar na sexta-feira. E quem não tem namorado? Finge que está tudo dentro da mais completa normalidade; assume um ar blasé e quando alguém pergunta se já comprou o presente para o namorado - pois é, entre as mulheres o desespero por estar solteira parece maior - repete a pergunta, como se não tivesse entendido: "Namorado? Quem? Eu? Nããão! Estou bem sozinhaa....!" Só rindo mesmo. Depois que dobra a esquina ou entra no carro, canta bem alto "All by myself", no melhor estilo Renée Zellweger em O Diário de Bridget Jones (aliás, uma dica para rir muito nesta semana apocalipticamente açucarada, é assistir a comédias como esta e tantas outras que nos fazem desviar o foco do sentimentalismo exacerbado pela data). Os sites e revistas do país estão repletos de artigos e matérias que ensinam às mulheres como gostar de sua própria companhia, por que diabos então não aprendem?
(Talvez porque a presença do outro seja fundamental para percebermos quanto somos frágeis e falíveis sem o tal do amor...)
Um lembrete: o dia 12 também vai passar. No dia 13 as coisas voltam ao normal. Casais discutem a cor da parede, o orçamento doméstico, o futuro da relação, educação dos filhos, a olhada de soslaio para a gostosa do lado, etc, etc, etc... Para os que estão apaixonados, sem dúvida terão uma semana para viver grandes emoções ao contrário dos que cultivam a dor da perda, do amor não correspondido ou da relação desgastada pelo tempo e circunstâncias. E dizem que viver sem paixão é mais seguro: pode até ser. Mas viver uma vida inteira sem arriscar-se, me parece banal demais.
A forma como voce escreve faz parecer que a solidao pode ser leve. Mas eh dura, cruel e machuca. Bom seria viver o amor como ele merece, com quem a gente determina. Feliz de quem tem ou grande amor ou o conheceu um dia.
ResponderExcluirMuchiba214
(Talvez porque a presença do outro seja fundamental para percebermos quanto somos frágeis e falíveis sem o tal do amor)
ResponderExcluirE se o outro for de fato o amor que tivemos e deixamos escapar? Correeeeeeee buscar! Bj Soraia, o filme que vc comentou é hilario mas só no cinema mesmo que uma mulher totalmente fora de forma e que dá mais foras do que todas as minhas amigas juntas vai faturar aqueles dois bonitões né!Eu tô solteira e mando um recado p/ quem acha que o dia dos namorados é data pra ficar deprê - a fila andaaaa, minha gente!
Nanda Vieira/Cascavel
Soraia, eu não vou fazer nenhum comentário...
ResponderExcluirRodrigues
Solidão nunca foi uma boa companhia. Quer dizer, não sempre.
ResponderExcluirHá momentos em que precisamos de nossa própria companhia, para rever alguns conceitos com a velha balela de que nos completamos "no outro".
Convém estabelecer alguns parâmetros antes de nos jogarmos numa relação. Primeiro que tudo, temos de gostar de nós mesmos. Se não gostamos do que vemos lá no espelho, convém darmos uma recauchutada na nossa auto-estima e no senso crítico, buscar o justo equilíbrio entre os dois limites.
Só quem SE gosta é que tem condições de avaliar positivamente a ideia de gostar do "outro" e está realmente preparado para se dar. A relação a dois não é lugar para pessoas carentes incorrigíveis. É lugar para pessoas que bastam a si mesmas, pessoas que não se amofinam de ficar numa estação rodoviária esperando o ônibus - o único - que só chega daqui a duas horas. Pessoas que não se amofinam porque ficam fascinadas com a possibilidade de fazer companhia a si mesmas.
Olhar para a vizinha gostosa do lado pode nos reservar péssimas surpresas, não, Soraia? Nem sempre olhar por cima do muro nos traz revelações gratificantes sobre o "outro" mas pode ser vantajoso para nos alertar contra exotismos e surpresas desagradáveis...
De qualquer maneira, nunca esperar do outro algo que não temos nós mesmos capacidade de NOS dar.
Rodrigues
Obrigado por tuas palabras, es un escrito belo que me gusta mucho... sin amor no podemos vivir. Tener cerca a quien amamos, pensar en su voz y mirar su foto, arriscarse a vivir buenos momentos juntos y si algunas cosas van mal luchar juntos también. No quiero un luar seguro, eu quer un luar amoroso en mi vida. Adéu, hasta pronto!
ResponderExcluirE eu disse que não ia fazer nenhum comentário... Ei, Soraia, quem é o moço aí com esse sotaque estranho?
ResponderExcluirRodrigues
A jornalista e escritora Rosana Braga disse certa vez em dos seus artigos que: "prefiro a tristeza da partida a nunca ter me esparramado num abraço...
ResponderExcluirPrefiro o amargo sabor do “não” a nunca ter tido coragem de sair da dúvida...
Prefiro o eco ensurdecedor da saudade a nunca ter provado o impacto de um beijo forte e apaixonado... daqueles que recolocam todos os nossos hormônios no lugar!"
A moça do tempo no blog!! E citando Rosana Braga!! Adorável presença, Fabi! Volte sempre!!
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