domingo, 1 de agosto de 2010

O Poder das Vozes - pela libertação de Sakineh

Depois de escrever o título desta postagem, balancei a cabeça, em sinal de reprovação a mim mesma. Como falar da libertação de uma mulher, que pela essência da vida, não poderia estar sob o jugo do extremismo, sofrendo toda a sorte de lapidações e torturas? Venho trazer o link onde os leitores do blog poderão assinar a lista que acompanha a petição internacional pela libertação da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani,uma mulher iraniana que encara a morte após ser torturada por um suposto adultério.

Em 2006, Ashtiani foi condenada por ter mantido "relações ilícitas" e recebeu 99 chibatadas. Desde então, a mulher de 43 anos está na prisão, onde se retratou da confissão feita sob a coerção das chicotadas.

"Só recentemente é que ela foi levada ao tribunal e recebeu um novo julgamento. Novamente foi condenada e, desta vez, apesar de já ter sofrido uma punição, foi sentenciada à morte por apedrejamento. Essa prática desumana envolve enrolar firmemente a mulher, da cabeça aos pés, com lençóis brancos, enterrá-la na areia até os ombros e golpeá-la à morte com grandes pedras. "
Neste link, poderão ler o pedido de socorro dos filhos de Sakineh e assinar a petição. Não vamos entrar no mérito da cultura de um povo e todo aquele blá, blá, blá que muita gente gosta de abordar quando o assunto diz respeito a outra nação. Pensemos na questão do direito à vida. O Maior dos maiores, o mais Sábio dos sábios desafiou os homens, há milhares de anos a "jogarem a primeira pedra", ou julgar quem nunca tivesse errado. Por que não aprendemos a lição? Sakineh é uma das muitas mulheres que são sentenciadas à morte por apedrejamento em locais do mundo árabe onde o extremismo (a palavra diz tudo) é o centro do ordenamento e costumes dos povos. Não há a intenção de se mudar conceito cultural algum, apenas pôr fim à qualquer prática de violência em nome da justiça, condição essa que por si só, é ilegítima.

3 comentários:

  1. O apedrejamento é uma característica presente em todo o mundo islâmico, Soraia. Outras leis, como por exemplo, decepar a cabeça de homens adúlteros, estão presentes no Iêmen. Decepar as mãos de ladrões é prática corrente. Aí, eu pergunto: por que não elegemos um maometano como presidente para colocar em prática a Sharya aqui no Brasil? Metade da classe política vai pros quiabos. Quanto ao Irã, sempre foi um país violento. No tempo do Xá Reza Pahlevi a sua polícia secreta era temida. Mas nunca houve condenação por motivo religioso. Hoje a religião é a desculpa para toda sorte de crueldade. Mas, quem ajudou a acabar com o regime do Xá? As mulheres. Elas foram às ruas inclusive para que se instituísse o uso daquele véu espesso, o shador. Essa moça aí que foi condenada ao apedrejamento, segundo consta, foi vítima de uma armação também. O cara enjeitado por ela se vingou acusando-a de adúltera.
    Todavia, nem os Estados Unidos se metem na história. Vão deixar que o Lula resolva o problema...

    Rodrigues

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  2. Saudade de suas postagens, caro Rodrigues! Como anda a campanha para a reeleição de AD?

    Abraço!

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  3. Embora a contragosto, porque preferia o AD como presidente, no mínimo vice, vamos lutando pra que ele se eleja senador novamente. Dos males o menor.
    Também tenho saudades de você. Uma pessoa muito ocupada a senhora, Dona Soraia...

    Rodrigues

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