Foi a primeira vez que uma festa de premiação do Grammy Latino aconteceu fora dos Estados Unidos. E, a julgar pela produção desastrosa, pode ter sido também a última. A cerimônia de entrega dos troféus brasileiros da mais prestigiada premiação musical do mundo, realizada pela Band e transmitida na quinta-feira (13) direto do Auditório do Ibirapuera, foi marcada por erros de produção e ausência de artistas. Arrastada, a cerimônia brasileira era alternada com a transmissão do Grammy Latino em Houston, Texas. Marcelo Tas e Daniela Cicarelli, apresentadores, não fizeram muito além de ler o teleprompter com textos recheados de comentários supostamente bem-humorados. Rafael Cortez e Danilo Gentili, repórteres do “CQC”, da mesma Band, entrevistaram convidados no tapete vermelho – mas suas aparições foram gravadas, e não transmitidas ao vivo. Shows de artistas nacionais variaram entre o insípido (Mutantes e Daniela Mercury homenageando Carmen Miranda) e o constrangedor (Sepultura tocando “Garota de Ipanema”). Pequenos problemas, como vinhetas que chamavam o prêmio errado, foram comuns durante toda a noite. Mas a gafe mais grave aconteceu durante a entrega do troféu de “Melhor álbum de música tradicional regional ou de raízes brasileiras”, apresentado pela dupla sertaneja As Galvão. Um envelope com o vencedor de outra categoria – Seu Jorge, ganhador do “Melhor álbum de MPB” - foi entregue à dupla, que leu o resultado, estragando a surpresa de uma categoria que só seria revelada alguns blocos depois. Felizmente, Mary e Marilene Galvão lidaram com o erro da produção da melhor maneira possível: esbanjando bom humor e naturalidade que faltaram ao restante da premiação. Além dos problemas de organização, o Grammy brasileiro também foi marcado pela ausência de seus principais vencedores. Beth Carvalho (Melhor álbum de samba e pagode), Vanessa da Mata (Melhor álbum pop contemporâneo brasileiro), Elba Ramalho (Melhor álbum de música contemporânea regional ou de raízes brasileiras), Seu Jorge (Melhor álbum de MPB), César Menotti & Fabiano (Melhor álbum de música romântica) e Soraya Moraes (Melhor canção) não deram as caras. (Abril.com)
Sou da seguinte opinião: quer fazer, faça bem feito. A premiação mais importante do mundo da música é um prato cheio para a imprensa e para seus participantes. Errar é humano, mas não estamos falando de comportamentos ou condutas, mas de profissionalismo. Parece que nem cadeiras suficientes tinha para acomodar os convidados; Adriane Galisteu e Supla irritaram-se com esta falha e, segundo a coluna de Fabíola Reipert, da Folha Online, outro erro imperdoável foi o anúncio da Beth Carvalho como ganhadora do prêmio de Melhor Álbum de Samba e Pagode, sendo que o vencedor era Paulinho da Viola.
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