sábado, 8 de novembro de 2008

HORA DA POESIA - Luis Hernández Camarero

POEMA DO SÉCULO 30
Esta é a sonhada
Coerência
Que a paz de
Não recordo quem
Esteja convosco
Irmãozinhos do Planeta Terra
Próximo da Vizinha Centauro
A 80 milhões de quilómetros
De Vénus
E mais coisa menos coisa de Marte:
No Astro
Há cristais
Quartzo
Cores
Trepadeiras
Cheias
De flor
What’s that flower
you have on?
Could it be a faded
rose from days gone by
A cada dia que passa escrevo pior
Inglês. Ma to parlo.
E a pior gestão
É a que não se realiza
Será isto poesia?
Oui.
Luis Hernández Camarero nasceu em Lima no dia 18 de Dezembro de 1941. Médico de profissão, é hoje considerado um dos mais originais poetas da geração de 60 da poesia peruana. Morreu em 1977, na Argentina, em consequência de suicídio.

Um comentário:

  1. Tive uma semana muito pesado por conta dos serviço...
    Hoje acordei com uma poema do Jorge Borges...


    Instantes - Poema de Jorge Luis Borges

    Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.
    Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
    Seria mais tolo do que tenho sido, na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
    Seria menos higiénico.
    Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
    Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
    Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da sua vida; claro que tive momentos de alegria.
    Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos.
    Porque, se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos, não perca o agora.
    Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem ter um termometro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um paraquedas; se voltasse a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria até o final do outono.
    Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças. Se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo...

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