O presidente paraguaio, Fernando Lugo, informou na terça-feira que se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 8 de abril para revisar a agenda bilateral e continuar o diálogo sobre a hidrelétrica Itaipu, compartilhada pelos dois países. Os países, sócios na central - que gera 90 milhões de megawatts por ano -, estão em meio a uma complexa negociação após a reclamação do governo paraguaio para obter maiores benefícios pela energia que vende ao Brasil.(Reuters) Leia mais
Soraia, a "complexidade" da negociação fica por conta das más intenções do novo presidente paraguaio, aquele bispo católico Fernando Llugo. Ele se elegeu com uma plataforma que tem de levar a efeito sob pena de perder apoio para seu governo: a elevação do preço que é pago pelo Brasil pela energia produzida por Itaipu. Por força do tratado firmado entre os dois países, o Paraguai fica com metade da energia produzida mas, como não consome tudo isso, vende significa parcela da energia que lhe cabe para o Brasil.
ResponderExcluirPara quem não sabe, a represa foi inteiramente construída com recursos financeiros fornecidos pelo Brasil e a dívida do Paraguai deveria ser paga dentro de um prazo (que está longe de terminar) com energia elétrica.
Os recursos financeiros foram fornecidos pelo Brasil, em empréstimos externos (já pagos pelo Brasil integralmente), dinheiro da Previdência Social e FGTS.
Ou seja, o Paraguai, para ajudar a carregar o caixão do defunto, contribuiu com um dedinho. E o novo presidente paraguaio quer rever o tratado de uma forma bastante cínica: aumentar o preço da energia vendida ao Brasil.
Há que considerar que o Paraguai NÃO TEM para quem vender essa energia que lhe cabe por direito, então o Brasil a compra amortizando a dívida do Paraguai. Aquele país, se houvesse mão firme no governo brasileiro, ficaria de joelhos caso nos recusemos a comprar a energia que cabe a eles, porque somos seus únicos compradores. Não há parque industrial lá nem nos países vizinhos que absorva a quantidade de energia que o Paraguai tem para vender.
Claro que os incompetentes governantes atuais do Brasil vão mais uma lesar nosso País, como no caso da refinaria da Petrobras na Bolívia e no caso recente da hidroelétrica de San Francisco no Equador.
Essa é a única complexidade de que se pode falar na negociação de um tratado firmado por governos paraguaios anteriores (década de 70).
Zé do Coco