quarta-feira, 27 de maio de 2009

De que somos feitos?

Informaram-me que a economista Adriana Vandoni - que mantém um blog atualizado com notícias diversas, porém com enfoque político - estaria desanimada e pensando seriamente em encerrar suas inserções diárias "fechando" o blog Prosa & Política. Fui conferir, li os comentários dos diversos internautas que por lá passaram e um deles, chamou-me a atenção. A leitora enfatizava que se de fato a economista sentia que era hora de "parar de dar murros em ponta de faca" em vista da escalada da corrupção em nosso meio político e da falta de ética da maioria de nossos parlamentares, que fizesse o que achasse melhor. Dado o contexto inicial, que "fechasse" seu blog. Li isto e imediatamente me veio à mente: afinal de contas, de que somos feitos? Em seguida postei meu comentário, meu ponto de vista e minha pergunta que passa a ser, neste momento, um questionamento dela: em que Adriana acredita? Quando tiver a resposta, ela saberá o que fazer. E é exatamente isto que determina o que compõe nosso caráter. O homem que segue em frente mesmo desacreditado por muitos, prejudicado em virtude do que difunde e crê, que mesmo esmorecido levanta a voz ainda que em fiapos e dominada pela rouquidão, é o homem que se aproxima do que foi um dia descrito como imagem e semelhança da perfeição. Tenha ela a denominação religiosa que quiser dar. Não se trata de julgar quem se curva diante das dificuldades ou recua em nome da própria segurança e paz de espírito, mas sim de refletir a respeito de nossas ações e das consequências advindas delas. Como foi modelado seu caráter e qual a carga que ele suporta de indignação, desigualdades, conflitos, pressão, injustiças e críticas? Até onde você vai em nome da SUA verdade, quando ela passa a ser dos outros também? Hoje alguém me fez relembrar um trecho memorável, do livro de Richard Bach, "Fernão Capelo Gaivota ", de onde podemos extrair a essência da pergunta que fiz acima.

Preenchemos os nossos silêncios com as nossas inseguranças".

De que mesmo você é feito?

2 comentários:

  1. Nada mais verdadeiro. Você consegue atingir no ponto nevrálgico, Soraia.
    Não somos obrigados a entrar numa briga, mas se dela fugirmos depois do primeiro latido, nem osso merecemos ganhar.
    Eu acho que a nossa amiga Adriana vai à luta. Ela está pssivelmente num daqueles momentos de carência, de encorajamento.

    Rodrigues

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  2. Rodrigues, acho que Adriana não está carente não, acho que está mais para decepção, indignação e frustração...
    Dai ficamos sem vontade de manifestar, escrever,discutir...exatamente isso "parar de dar murros em ponta da faca" isso não tem nada a ver com TPM tambem hehehehe

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Obrigada por sua participação em meu blog!