quarta-feira, 20 de maio de 2009

Lançamento em junho - The Stoning of Soraya M. (O Apedrejamento de Soraya M.)

O apedrejamento de Soraya M. (سنگسار ثريا میم) será lançado em junho deste ano. Trata-se da adaptação do livro do jornalista iraniano Freidoune Sahebjam para o cinema. The Stoning of Soraya M. teve sua estréia mundial em Toronto, no International Film Festival, onde foi o vice-campeão para a Audiência Choice Awar e o vice-campeão para o Cadillac People's Choice Award. Este filme é baseado em uma história verdadeira. Um jornalista (Sahebjam) em viagem por uma aldeia iraniana, é abordado por Zahra, uma mulher com uma história para contar sobre sua sobrinha, Soraya, e as circunstâncias da sua morte sangrenta, ocorrida apenas duas semanas antes. Sua história expõe o poder obscuro das regras e leis iranianas, bem como a falta de direitos para as mulheres. Sua única esperança de justiça está nas mãos do jornalista, que deve sair com a história - e sua vida - a fim de comunicar tal violência ao mundo.

"Mais uma vez, Zahra Khanum prendeu o chador em torno de sua cintura, joelhos para baixo, e começou a riscar a terra com suas mãos. O solo era macio e úmido. Quando o buraco foi grande o suficiente, ela reuniu, um por um, sua sobrinha; os ossos de Soraya, os levou para baixo e lavou-os no riacho, depois voltou e colocou-os cuidadosamente na sepultura, que ela cobriu com folhas e galhos. Então, e só então, ela rezou e chorou".

4 comentários:

  1. Sobre essas regras duras do Islamismo tais como impostas no Irã têm sua origem. Basta estudar a história do Irã sob o domînio do Xá Reza Pahlevi, aliás um xá fajuto criado pelos americanos da CIA, que quiseram reeditar a época dos xás como Ciro, Artaxerxes e outros, de milhares de anos atrás. Com a instalação do títere Reza Pahlevi e sua dinastia, começou um reino de terror naquele país.
    As mulheres eram desrespeitadas, submetidas aos caprichos dos homens, enfim, tal como em Cuba da época de Fulgêncio Batista, ditador pró-americano, que acabou se tornando o prostibulo dos americanos no Caribe. Assim o Irã era o prostíbulo dos americanos na região do Oriente Médio.
    Com todos os absurdos que ocorrem no Irã, aquilo é consequencia direta da geopolítica dos americanos até a queda do tal xá. Outra Soraya existiu, a rainha, que foi rejeitada pelo xá por ser estéril e que lhe impôs uma forma nova de prisão por cometer o crime de negar um filho ao glorioso imperador: não poderia ficar em território iraniano nem casar-se com um infiel. Ou seja, bem ao estilo fajuto de uma realeza fabricada, porque o tal Reza Pahlevi não tinha sangue real coisa nenhuma.
    Que os aiatolás eram proscritos por ter uma visão sanguinária, retrógrada e homicida do Islã ninguém tem qualquer dúvida.
    Mas imaginar que, sob o domínio de Reza Pahlevi a coisa era melhor do que agora, é ceder à fantasia.
    Vale lembrar que com a queda de Reza Pahlevi, AS MULHERES é que tomaram a iniciativa de passar a usar a burka, aquela vestimenta que só deixava uma fresta aberta na altura dos olhos.
    Como o uso do cachimbo faz a boca torta, imagina-se hoje que foram os aiatolás que impuseram novas regras, mais duras, sobre as mulheres. Engano, o próprio povo, por medo de um dia voltar ao pavor do regime do xá, é que passou a interpretar de maneira bem mais irracional as regras do Islã. Espertamente, os aiatolás viram nisso uma oportunidade de dominar o país sem restrições. O apedrejamento de mulheres, a qualquer pretexto e sem pretexto algum, veio na esteira, impondo ao povo um jugo tão cruel quanto o que vigorava sob o reinado de Reza Pahlevi.
    As próprias mulheres fizeram questão de voltar ás práticas preconizadas pelo Islã. Claro, uma reação irracional ao período de licenciosidade e prostituição que foi o "glorioso" reinado do xá.

    Rodrigues

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  2. Rodrigues e Soraia...
    Já comprei 6 exemplos do " Boas mulheres da China" e dei para as pessoas que gostam de ler e sabem ler, não consigo achar mais por aqui,procurem e leiam...
    Vocês vão conhecer pouco mais da China,o livro foi escrito por uma jornalista chinesa, depois ter lido o livro, fiquei mais 6 meses sem ter coragem de pegar outro livro para ler.
    O livro conta historias e historias das mulheres da China, impressionante...

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  3. Hi, não sei quanto a você mas eu ando cansado, há muito tempo, daquelas potocas sobre a tal da "milenar cultura chinesa".
    Quem quiser levantar o véu das aparências, basta se lembrar de um episódio ocorrido na última Olimpíada em Pequim, em que esconderam uma menina "feia" que cantava bem e uma menina "bonita" que só mexia a boca. Lembram-se disso?
    A China não é diferente de muitos países em que o machismo reina absoluto. A tal revolução cultural de Mao Tse Tung apenas mascarou essa verdadeira ojeriza dos chineses a ter uma filha. É sempre bom ter filhos, meninos, nunca meninas.
    Ainda impera esse conceito e já vi um embaixador chinês chamar o regime "feudal", "medieval", do Tibet danoso à formação intelectual das pessoas.
    Esquisito que um embaixador de um país sedizente evoluído e de uma cultura milenar invejável comentar em televisão sobre a cultura medieval do Tibet sendo que toda a medicina que os chineses possuem hoje se deve aos monges do Tibet.
    A China, principalmente do que diz respeito ao trato com as mulheres, remonta à idade da pedra lascada. São pouco mais que trogloditas, e trogloditas perigosos, porque não desenvolveram um profundo senso de ética nemm evoluíram no campo da filosofia. O pouco que sobreviveu de Confúcio nem dá para levar em consideração.
    Eu não conhecia o livro que você mencionou e nem imagino o que a jornalista pode ter relatado.

    Rodrigues

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  4. Rodrigues, se você ler o livro,não vai acreditar..." caçador de pipas", "princesa" e "a cidade de sol"vão parecer contos de fada.
    Eu já conhecia A CHINA verdadeira e do JAPÃO tambem.

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