terça-feira, 12 de maio de 2009

O fim da escravidão no Brasil - por Evandro Brandão Barbosa

O que caracteriza a escravidão é a subordinação de seres humanos a regime de trabalho sem qualquer remuneração; sem identidade e sem a liberdade de ir e vir; o escravo é considerado uma coisa, uma “peça”, para os proprietários de escravos no Brasil. Todo escravo possui um dono, para o qual trabalha e ao qual deve obediência cega. O senhor do escravo pode vendê-lo, emprestá-lo, espancá-lo e até matá-lo. A assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, aboliu a escravidão no Brasil; um ato da Princesa Isabel que foi conseqüência das ações de repúdio à escravidão brasileira, ainda presente na segunda metade do século XIX. O desenvolvimento industrial da Inglaterra nos séculos XVIII e XIX gerou a produção em escala, criando a necessidade de grande mercado consumidor no exterior. O Brasil mantinha um regime secular de escravidão, um contingente significativo de mulheres, homens e crianças sem remuneração, conseqüentemente sem poder de compra; os intelectuais europeus e os intelectuais brasileiros incitados por aqueles empunharam a bandeira da abolição da escravatura - tratava-se da tomada de consciência da negação dos direitos humanos – oposição ferrenha aos escravocratas. A resistência dos senhores proprietários de um modo geral não foi capaz de barrar as leis do Ventre Livre, do Sexagenário e outras que já anunciavam o fim da escravidão no Brasil. No final da segunda metade do século XIX, a pressão da Inglaterra contra o regime escravo no Brasil aumentou; a economia brasileira mantinha-se estruturada no aumento das exportações do açúcar, do algodão e da borracha amazônica, tendo o setor externo como o motor da economia... (Leia mais)

2 comentários:

  1. O trabalho escravo não se caracteriza apenas pelo que diz o autor que identifica aí apenas uma forma de escravidão, a do negro sob o branco. A visão do autor é extremamente limitada ao contexto do Brasil. Ao insistir no refrão de que "a pressão da Inglaterra etc. etc. etc.". Só não menciona que, pressionando não só o Brasil como outros países a parar de usar mão-de-obra escrava, a Inglaterra era movida por interesse econômico, porque os traficantes ingleses estavam perdendo mercado. Como a política do império inglês era explorar a pirataria, através de seus reis que levavam boa parte do lucro, estavam já incomodados com o fato de que, quando abordavam uma frota portuguesa só encontravam gente, não encontravam ouro, pedras preciosas, madeira de lei etc.
    Os negros brasileiros erroneamente defendem que o império inglês tinha especial zelo pelos direitos humanos, o que é uma grosseira piada, porque, largando de traficar seres humanos, eles mudaram seu foco para as invasões para assaltos em terra firme também. Em vários lugares os ingleses ainda mantiveram trabalho escravo, muito depois que no Brasil havia sido essa prática abandonada.
    Invadindo e tomando posse de vários países, a fonte de riquezas do governo inglês passou a ser o tráfico de ópio, com o que a coroa britânica obtinha lucros mais seguros do que comprar carne humana. Até um dos personagens favoritos do romance, vamos lá, de folhetim, era Sherlock Holmes, viciado em ópio.
    E não vamos nos iludir, os empregados de fábricas na tal da Revolução Industrial eram pouco melhor tratados do que os negros escravos. E eram brancos, nativos das Ilhas Britânicas.
    Mais se poderia falar, entretanto o espaço aqui é limitado. Apenas para dar um fecho, brancos sempre foram vítimas de trabalho escravo também. E por muito mais tempo do que os negros, que esses foram uma novidade de mercado que só surgiu no século 16. Portanto, o movimento quilombola que surgiu nestes últimos anos dentro do governo do Lula é uma aberração, um oportunismo grosseiro, mais um esbulho em cima dos brancos, mesmo os que nunca utilizaram mão-de-obra escrava. É mais uma demagogia que surge sob o governo Lula, com uma única finalidade: colocar a sociedade brasileira em conflito consigo mesma, para poderem implantar o regime comunista. É a cópia grosseira das ideias de Lênin.

    Rodrigues

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  2. Muito boa a retruca do Rodrigues. Antes de mais nada é importante salientar que blog é isso mesmo, um escreve, outro opina, um discorda e por aí vai!

    De maneira geral, acredito que cruficicar a Inglaterra por não ser plenamente abolicionista é um equívoco. Todos os países diante da postura econômca capitalista buscavam (e ainda buscam) sobrevivência a partir da exploração de algo, seja a força humana ou seja a partir de riquezas naturais particulares ou não.

    Além do mais, criticar uma atitude política inédita no país de incluir a parcela negra nas discussões e debates atuais é mais um equívoco. Lênin, coitado, nem imagina o quando que um indivíduo negro é bombardeado nesse país cheio de divergências.

    Muito está errado e continuar apontando, criticando e sentado na cadeira excluindo-se da iniciativa positiva é o que mais percebemos. Hoje saímos de casa para sermos individuais, ninguém se senta numa praça ou num café para construir mudanças sociais. Infelizmente!

    Vamos construir rodrigues, agregar, crescer! E para ajudar, que tal escrever um artigo aqui e acrescentar suas informações históricas que além de importantes foram omitidas pelo referido autor?!

    grande abraço ao blog, ao rodrigues e ao evandro!

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