sábado, 23 de agosto de 2008

Cresce número de mulheres que disputam prefeitura no país

As mulheres representam 10,38% dos 15.362 candidatos a prefeito registrados nos 5.563 municípios do país. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 1.595 mulheres concorrem ao cargo, número superior ao das últimas eleições municipais. (Globo.com) Leia mais
É pouco. Muitas mulheres preparadas para o exercício público ainda têm receio de ingressar na política. O crescimento da pesquisa acima mostra a timidez de sua participação em eleições, muito embora haja a consciência de que tal engajamento seja necessário para consolidar os ideais democráticos de nosso país, que são construídos diuturnamente por homens e mulheres. Para ilustrar a dificuldade que temos em eleger mulheres, lembremos da primeira mulher escolhida para ocupar um cargo eletivo no país, Alzira Soriano (foto), do Rio Grande do Norte. Eleita prefeita de Lajes, em 1928, pelo Partido Republicano, não terminou o seu mandato, pois a Comissão de Poderes do Senado anulou os votos de todas as mulheres. Há 80 anos! Minha mãe tem 77 anos e faz só 76 anos que a mulher brasileira ganhou o direito de votar nas eleições nacionais! Isto em 1932. Mesmo assim, a conquista não foi completa. O código permitia apenas que mulheres casadas (com autorização do marido), viúvas e solteiras com renda própria pudessem votar. Uma afronta à dignidade da mulher. Para se ter uma idéia, as mulheres da Nova Zelândia obtiveram esse direito em 1893! Nos EUA, em 1920, apesar de alguns estados terem conferido às mulheres tal permissão no ano de 1869.

2 comentários:

  1. Soraia, sempre defendi que mulheres ocupem cargos eletivos. No entanto, os registros que temos aqui no Brasil não são nada animadores. Temos governadoras por aí que se preocupam mais com manter uma equipe de maquiadores e cabeleireiros em palácio às custas do dinheiro público do que resolver problemas de mortes de bebês em Santas Casas.
    Temos ex-diretoras financeiras de Itaipu envolvidas com desvios de milhões de reais da binacional.
    Temos ex-prefeitas de "capitais paulistanas" cuja administração não foi lá aquele modelo de lisura.
    Não fosse bastante, os políticos corruptos têm esposas. O que se escuta da boca de suas esposas é um estrondoso silêncio.
    O saldo não é nada animador.
    Não desanimo. No dia em que surgir uma mulher honesta para se candidatar a vereadoras, prefeitas, governadoras, deputadas e senadoras, pode estar certa, terão o meu voto.

    Zé do Coco

    ResponderExcluir
  2. Certo, Zé. Disse muito bem, mas citou os exemplos ruins. Há muitas mulheres competentes que fazem um trabalho decente frente aos cargos que ocupam. Não vou citar nomes aqui no Paraná, pois poderá parecer campanha eleitoral e a intenção do tópico não é essa. Comungo, pra variar, de sua esperança em ver mais mulheres corajosas e preparadas combatendo a corrupção e sua corja, seja ela feita de homens e mulheres. Um abraço, caro Zé!

    ResponderExcluir

Obrigada por sua participação em meu blog!