O engenheiro preso na manhã desta sexta-feira (5) em São Paulo é suspeito de ter molestado pelo menos seis meninas, com idades entre 4 e 12 anos, segundo afirmou o delegado Ubiracyr Pires da Silva, do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic). O suspeito, de 42 anos, foi detido em seu apartamento, no bairro da Mooca, Zona Leste, após ter a prisão temporária de 30 dias decretada. Na casa dele, foram apreendidos brinquedos e balas. A investigação durou cerca de uma semana. Os trabalhos começaram depois que uma testemunha entregou uma fita à polícia. Segundo o delegado, outros vídeos encontrados na casa do engenheiro mostram “cenas grotescas” entre o suspeito e as crianças. (G1) Assista
Este é um dos crimes que mais causam indignação humana - não diminuindo a revolta ante qualquer outra aberração de comportamento - e merece ser tratado com o rigor máximo da lei. Nessas horas reavalio meu posicionamento desfavorável sobre a pena de morte no país.
É; concordo que o crime de abuso e/ou exploração sexual contra menores é asqueroso e repugnante sob todos os aspectos. Nem Cesar Lombroso me convenceria de modo contrário no que toca ao meu conceito empírico desse crime. Em verdade, qualquer crime contra a liberdade sexual, seja ela de quem for, é absolutamente repugnante, ferindo a dignidade humana na sua mais alta patente.
ResponderExcluirNão obstante, é o tipo do crime que a sociedade de modo geral veste o capuz da moralidade e da mais cristalina justiça(?), talvez como se fosse uma válvula de escape das moléstias que existem no cotidiano, e muitas vezes ignoradas pela inequívoca hipocrisia das pessoas.
É bom que se diga que, os crimes contra a liberdade sexual são os mais traiçoeiros que existem. Já presenciei a destruição de vidas e mais vidas em razão de uma espúria "acusação" dos crimes em tela. Aliás, quem não se lembra, por exemplo, daquele casal de japoneses da escola base? Essa família foi humilhada e rebaixada em rede nacional. Imaginam a vida dessas pessoas hoje?
Muito cuidado e cautela com notícias sobre "suspeitos" de crimes contra a liberdade sexual. Sejam fiscalizadores e sentinelas permanentes dos princípios constitucionais da: PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA OU ESTADO DE INOCÊNCIA; DEVIDO PROCESSO LEGAL; AMPLA DEFESA e CONTRADITÓRIO. Amanhã, pode ser você que precisará deles como ninguém...
A.
Pena de morte? Nem pensar. Eu quero que esse tipo de gente viva. Ah, se quero.
ResponderExcluirZé do Coco
" Muito cuidado e cautela com notícias sobre "suspeitos" de crimes contra a liberdade sexual. Sejam fiscalizadores e sentinelas permanentes dos princípios constitucionais da: PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA OU ESTADO DE INOCÊNCIA; DEVIDO PROCESSO LEGAL; AMPLA DEFESA e CONTRADITÓRIO."
ResponderExcluirQuero crer, caro A., que este último parágrafo tenha sido escrito em tom de alerta para quem investiga, indicia e pune tais criminosos, e não para os que noticiam de forma pontual os acontecimentos sobre crimes de pedofilia e afins. E quanto aos princípios constitucionais lembrados por você, é uma pena que tenha que ser esfregado sempre na cara de gente honesta, pois tenho visto há muito tempo, políticos e criminosos beneficiando-se de tais preciosidades constitucionais.
PS: "Amanhã, pode ser você que precisará deles como ninguém..."
Vira essa boca pra lá! Não sou perfeita mas sei distinguir muito bem uma conduta digna de uma criminosa.
Valeu pelo comentário.
Zé,
Tenho medo dessa gente viva.
“Quero crer, caro A., que este último parágrafo tenha sido escrito em tom de alerta para quem investiga, indicia e pune tais criminosos, e não para os que noticiam de forma pontual os acontecimentos sobre crimes de pedofilia e afins.”
ResponderExcluirObviamente que não, querida Soraia. Mesmo porque, é cediço que a liberdade de imprensa e opinião constitui elemento imprescindível do oxigênio do Estado Democrático de Direito, de tal sorte que tolher essa liberdade importa num ato da mais absoluta e bizarra ignorância dos cânones constitucionais. Claro que, a liberdade de imprensa não é ilimitada, sendo certo que o sensacionalismo é tão hediondo quanto o cerceamento e a censura. No seu caso, trata-se de uma informação jornalística e de uma opinião ponderada, legítima e respeitável acerca de uma categoria de crime, e NÃO DO FATO CRIMINOSO retratado na reportagem. Portanto, a referida cautela não se aplica “aos que noticiam de forma pontual os acontecimentos sobre crimes de pedofilia e afins”, muito menos à sua notícia, que repiso: ponderada, séria, legítima e respeitável.
No mais, a cautela não é direcionada necessariamente àqueles que investigam, indiciam e punem, até porque se presume que eles conhecem bem o alerta, não sendo de olvidar que são esses mesmos (ao lado(?) do Advogado, é claro) que levantam o véu da inocência. Bem vistas as coisas, referi-me diretamente e expressamente à SOCIEDADE, sendo inconteste, salvo engano, a destinatária do meu comentário, trazendo à baila, inclusive, um caso prático que se tornou muito famoso no Brasil. É dizer: cuidado com as notícias, publicidade etc. desses casos, pois podem cometer PRÉ-JULGAMENTOS e incorrigíveis INJUSTIÇAS contra inocentes – e que fique bem claro que isso nem sempre é intencionado pela imprensa em si. A tenra experiência mostra isso. Ao ensejo, sugiro a todos a leitura do livro Código da Vida de Saulo Ramos.
“E quanto aos princípios constitucionais lembrados por você, é uma pena que tenha que ser esfregado sempre na cara de gente honesta, pois tenho visto há muito tempo, políticos e criminosos beneficiando-se de tais preciosidades constitucionais.”
Esfregado na cara de gente honesta? Comentário capcioso. Portanto, no que toca a mim, registro que não costumo “esfregar” na cara de gente honesta ou corrupta, apenas tento colocar em prática aquilo que está previsto desde a carta de João sem Terra, e que tanto dou valor, principalmente diante do meu cotidiano. Também acho que nunca é demais lembrá-los, principalmente nos meios em que esperamos o mínimo de senso de compreensão e entendimento. Milhares de pessoas são beneficiadas por esses princípios todos os dias, incluindo políticos, criminosos e outros mais. Até porque, querida Soraia, a constituição não diferenciou quem faz jus aos princípios sob a luz dos holofotes. Demais disso, a razão deles é justamente a possibilidade de crimes, faltas e delitos (administrativo, criminal etc.), pois, se não existisse essa possibilidade, qual seria, por exemplo, a razão da ampla defesa e contraditório?
“PS: "Amanhã, pode ser você que precisará deles como ninguém..."
Vira essa boca pra lá! Não sou perfeita mas sei distinguir muito bem uma conduta digna de uma criminosa.”
Mais uma vez chamo atenção ao tema NUCLEAR do meu comentário, a saber: INOCÊNCIA.
Feito esse pequeno registro, compreendeu agora a indagação “amanhã, pode ser você que precisará deles como ninguém..." ?
Em tempo: quando digo você, refiro-me ao leitores desse blog de excelente conteúdo.
A culpa pode ser minha, talvez em razão de escrever na pressa, às vezes não me faço entender...
A.
Soraia, entendo perfeitamente o comentário. Só que você esqueceu de um detalhe: eles vivos pagarão por seus crimes.
ResponderExcluirTente imaginar uma filial do inferno. Imaginou? Terrível, não? Pois uma prisão é pior que isso que você imaginou, para quem é pedófilo, estuprador e outros talentos afins.
Vai pagar nesse ritmo até morrer (ou se matar) por dias a fio, sendo objeto da sanha de pessoas que têm mais a ver com monstros.
Isso é pior do que morrer, é morrer todo dia, todo maldito dia, sem fim.
Com a pena de morte, acaba-se tudo e não há mais pagamento por crime algum. A morte liberta.
Outra pena poderia ser a castração. Não química, mas física mesmo, extração de adjacências. E ficar preso, claro.
Zé do Coco