segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Conselho denuncia “comércio” de idosos em Cascavel

Duas denúncias de abrigos clandestinos e maus tratos a idosos, em Cascavel, foram investigadas pelo Conselho Municipal dos Direitos do Idoso e serão entregues ao MP (Ministério Público) nesta semana. A presidente do conselho, Elisa Pompeu, também suspeita que outras duas residências acolham idosos de forma irregular. Um dos casos de maus tratos foi denunciado pelo próprio familiar de um dos idosos que, chocado com a situação do abrigo, pediu providências aos conselheiros. Além de cuidados inadequados, as famílias dos idosos repassam a aposentadoria ou benefício para custear as despesas de forma ilegal. “Em uma das situações a família é que recebe a aposentadoria e repassa um salário mínimo para o dono do abrigo. Isso é uma forma de comércio de idosos”, revela Elisa. Ela esteve nos dois abrigos e certificou-se de que pelo menos 11 idosos vivem nesses locais. Foi constatada a falta de pessoas para cuidar do grupo, desatenção e maus tratos, problemas com higiene e estrutura. Em uma das casas, que fica no Bairro Alto Alegre, estão abrigadas seis pessoas e uma denúncia mais recente apontou outro abrigo clandestino no Bairro Cancelli, onde vivem mais cinco. “Há falta de pessoas para cuidar desses idosos. A estrutura é inadequada e há alguns problemas com higiene”. (Fonte: Jornal Hoje)
A verdade é que muitos desses idosos foram entregues à própria sorte pela família, o que é uma lástima. Sábado passado (27/09) foi o Dia do Idoso e comentei no ar justamente o respeito e tolerância que se há de ter com estas pessoas que viveram uma vida inteira e que começam a sentir os efeitos limitantes do corpo físico e da mente. Filhos, netos e demais familiares devem estar atentos às necessidades afetivas que o idoso enfrenta, uma vez que sua sensibilidade aumenta e nem sempre percebemos. Respeito, cuidado e carinho hoje é a fórmula certa para retribuir o amor e sacrifícios do passado. E não esqueça: a idade chega para todos nós.

6 comentários:

  1. Soraia, ao ouvir falar nos idosos, lembro-me de minha mãe, que Deus a bendiga e guarde. Ela não podia ver um idoso sem se debulhar em lágrimas e fazer de tudo para ajudá-los.
    Dizia para mim que, quando eu ficasse muito rico, nunca deixasse de fazer alguma coisa de bom por eles.
    Ela envelheceu, morreu em meus braços, nós dois sozinhos no mundo, fiquei velho e deixou para mim uma herança que por vezes me faz sentir um inútil: quero trazer o paraíso à terra pra os idosos, mulheres e crianças e ainda não consegui realizar o sonho de minha mãe.
    Minha crioula me vê às vezes chorar quando vejo cenas de maus tratos a essas pessoas indefesas e o sangue subir-me à cabeça.
    Ainda vou realizar o sonho de minha mãe de ter um cantinho do paraíso para essa gente. Por enquanto, o que posso fazer é rezar para que as autoridades competentes cumpram um mínimo de suas obrigações para com eles.
    Não sei o que é pior: querer fazer algo e não poder e ver quem pode e não faz.
    Desculpe o desabafo.

    Zé do Coco

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  2. "Não sei o que é pior: querer fazer algo e não poder e ver quem pode e não faz..."

    Zé, sei bem o que sente ao escrever isto, por esta razão devemos nos empenhar em fazer o que pudermos p/ melhorar as condições de vida dos idosos brasileiros. Quando era adolescente, fazia parte de um grupo que depois da missa de domingo, era responsável pela visita a um asilo em Tomazina, onde passávamos parte da manhã distribuindo balas e conversando, ouvindo, rindo e cantando para os idosos que lá moravam. Tínhamos esse direcionamento. Hoje, pecamos por não orientar nossos jovens no trato com os mais velhos então, como cobrar deles - os jovens que irão administrar, legislar o país - posicionamentos defensivos em relação ao idoso?

    Quanto à idéia do cantinho do paraíso para eles, vc tem todo meu apoio! Tenho certeza que irá realizar o sonho de sua mãe! :)

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  3. Sugestão para o seu programa da rádio:

    ZÉ RAMALHO - ESSE NÃO É O MEU PAIS

    (http://www.youtube.com/watch?v=hy3Zuh4jkrs)

    Tô vendo tudo, tô vendo tudo
    Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo

    Um país que crianças elimina
    Que não ouve o clamor dos esquecidos
    Onde nunca os humildes são ouvidos
    E uma elite sem deus é quem domina
    Que permite um estupro em cada esquina
    E a certeza da dúvida infeliz
    Onde quem tem razão baixa a cerviz
    E massacram - se o negro e a mulher
    Pode ser o país de quem quiser
    Mas não é, com certeza, o meu país

    Um país onde as leis são descartáveis
    Por ausência de códigos corretos
    Com quarenta milhões de analfabetos
    E maior multidão de miseráveis
    Um país onde os homens confiáveis
    Não têm voz, não têm vez, nem diretriz
    Mas corruptos têm voz e vez e bis
    E o respaldo de estímulo incomum
    Pode ser o país de qualquer um
    Mas não é com certeza o meu país

    Um país que perdeu a identidade
    Sepultou o idioma português
    Aprendeu a falar pornofonês
    Aderindo à global vulgaridade
    Um país que não tem capacidade
    De saber o que pensa e o que diz
    Que não pode esconder a cicatriz
    De um povo de bem que vive mal
    Pode ser o país do carnaval
    Mas não é com certeza o meu país

    Um país que seus índios discrimina
    E as ciências e as artes não respeita
    Um país que ainda morre de maleita
    Por atraso geral da medicina
    Um país onde escola não ensina
    E hospital não dispõe de raio - x
    Onde a gente dos morros é feliz
    Se tem água de chuva e luz do sol
    Pode ser o país do futebol
    Mas não é com certeza o meu país

    Tô vendo tudo, tô vendo tudo
    Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo

    Um país que é doente e não se cura
    Quer ficar sempre no terceiro mundo
    Que do poço fatal chegou ao fundo
    Sem saber emergir da noite escura
    Um país que engoliu a compostura
    Atendendo a políticos sutis
    Que dividem o brasil em mil brasis
    Pra melhor assaltar de ponta a ponta
    Pode ser o país do faz-de-conta
    Mas não é com certeza o meu país

    Tô vendo tudo, tô vendo tudo
    Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo

    (el.carmona1966@hotmail.com)

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  4. A música Esse Não é o Meu País, também é conhecida por:
    Hino Nacional ou Canção para o PT

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  5. Anônimo

    Estou ouvindo a música sugerida e agradeço a indicação. Dias turbulentos, esses, de expectativa ante as eleições municipais que afetam diretamente nossas vidas. Estou correndo, pedindo pela candidata que acredito, não seja a esperança, mas a CERTEZA da resolução de muitos problemas que enfrentamos por aqui, inclusive o que gerou este tópico. Um abraço!

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  6. olá querida estou divulgando um projeto para o idoso "Meu Nobre Velinho" criado pelo Sr.Edvanor Alves e gostei de sua postagem falando sobre "comércio de idosos", gostaria de seu apoio na divulgação.
    Você pode conhecer o projeto aqui http://nobrevelhinho.blogspot.com/
    Obrigada pela atenção.
    Grande abraço

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