segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Pai e madrasta matam e esquartejam dois meninos em Ribeirão Pires

O pai e a madrasta de dois garotos, de 12 e 13 anos, foram presos ontem acusados de matá-los e esquartejá-los para tentar ocultar o crime. Os corpos das duas crianças foram encontrados em sacos de lixo em frente à casa da família, em Ribeirão Pires (Grande SP). O crime, segundo a polícia, ocorreu na noite de sexta --horas depois de as crianças serem levadas à delegacia por um guarda-civil que as encontrou abandonadas na rua na noite anterior. O conselho tutelar foi acionado, mas as crianças foram devolvidas à família. Segundo o guarda-civil José Messias Santos, os meninos Igor Giovani, 12, e João Vítor, 13, disseram ter sido expulsos de casa pela madrasta. Desde 2005, há registro na polícia e no Conselho Tutelar de denúncias das crianças contra o casal por negligência e maus-tratos. A dona-de-casa Eliane Aparecida Rodrigues, 36, contou à polícia que o marido, o vigia João Alexandre Rodrigues, 40, asfixiou as crianças com sacos plásticos. Com medo do marido, ela ajudou a queimar as crianças e, depois, os dois as esquartejaram com uma foice. Os pedaços de corpos foram encontrados por lixeiros. "A casa tinha cheiro de água sanitária e havia sangue no quintal", disse o delegado Ailton Muniz. O pai foi preso na manhã de ontem ao voltar do serviço. Em depoimento informal, ele negou o crime e culpou a mulher. Segundo Eliane, o marido brigou com os filhos depois que eles foram levados de volta para casa por guardas-civis e pela conselheira tutelar Edna Aparecida Ribeiro Amante. Eliane já havia sido condenada, em 2005, por maus-tratos. Naquele ano, uma tia das crianças foi à polícia denunciar o casal por abandono. Dois anos depois, um novo BO --por desaparecimento. Os dois irmãos ficaram em um abrigo de 2007 a maio de 2008, segundo Ariel de Castro, presidente do Conselho Nacional da Criança e do Adolescente. Para Ariel, a conselheira tutelar cumpriu a lei ao devolver as crianças à família. "Não se pode colocar as crianças no abrigo toda vez que elas ficarem desabrigadas." A conselheira não foi localizada ontem. Claudia Lopes dos Santos, mãe biológica dos meninos, esteve ontem na delegacia. Ela, que já tinha dois filhos de um casamento anterior e mais dois da relação atual, disse que deixou os meninos com o ex por falta de condições financeiras. (Folha online)
Classificar esta monstruosidade como crime brutal, faz parecer que há crimes delicados. Toda e qualquer forma de se tirar a vida de outrem é brutal, estarrecedora, incompreensível, injustificável, imperdoável. Mas um pai que mata seus filhos está além do entendimento e razoabilidade de qualquer pessoa. Qual será a sensação, o sentimento, o que terá passado pela cabeça desses meninos nos instantes finais de vida quando perceberam a agressão fatal partindo daquele que deveria protegê-los? Não dá pra fazer de conta que a vida segue normalmente. Não segue. Como Igor e João Vítor, há outras Isabelas e Marianas, vítimas da MALDADE e DESEQUILÍBRIO de quem NUNCA deveria se tornar pai e mãe.

Um comentário:

  1. O de que ninguém parece estar querendo falar é da incúria, estupidez, ineficiência e perfeita dispensabilidade de um Conselho Tutelar que entrega nas mãos de algozes crianças indefesas.
    Está na hora de a sociedade discutir se juízes e conselhos de qualquer natureza têm realmente autoridade para fazer o que vem sendo feito.
    É atrás disso que vou daqui por diante.
    A minha campanha será modesta, anônima, porque temo pela minha segurança quando se trata de bestas humanas que entregam crianças nas mãos de outras bestas humanas.
    E não é caso isolado não, é a eterna disputa para saber QUEM realmente tem preparo e estrutura para determinar o que fazer de NOSSOS filhos.

    Zé do Coco

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