Rejeição de Gleisi é quase inexplicável

O índice de 22% de rejeição à Gleisi Hoffmann, candidata do PT à Prefeitura de Curitiba, continua a "impressionar os analistas políticos curitibanos. Para o professor de Ciência Política e Direito Constitucional do Centro Universitário Curitiba, Carlos Luiz Strapazzon, Gleisi "corre o risco de não só perder as eleições, mas também o capital político", referindo-se ao desempenho da candidata pelo Senado Federal em 2006, quando quase venceu o rival Álvaro Dias (PSDB). A expectativa dos dirigentes do PT era de que Gleisi repetisse a votação de 2006 nas atuais eleições, mas as pesquisas mostram que os índices de intenção de voto da petista não conseguem ultrapassar 16%. O Ibope divulgou quarta-feira, pesquisa em que a candidata aparece com 13% da preferência do eleitorado, quase metade de seus 22% de rejeição. "Não há razões objetivas e consenso para um índice dessa ordem", admira-se o cientista político. O desgaste da petista é uma "demonstração de que o eleitor pode votar de um jeito numa eleição e de outro jeito em outra", avalia Strapazzon. Entre as possíveis causas da rejeição de Gleisi Hoffmann, enumera o professor, está a "relação negativa entre o nome dela e o Partido dos Trabalhadores". O PT, lembra, não tem grande tradição em Curitiba. Outra possível razão, arrisca o cientista político, é o fato de a candidata petista ser "estreante" na disputa pela prefeitura. (Gazeta do Paraná)