sexta-feira, 22 de maio de 2009

Aprenda, dona Dilma!

"Eu estou aguardando primeiro que Deus me cure, porque, se eu não estiver curado, não posso levar nenhuma proposta ao eleitor. Não seria honesto. Se eu não estiver em condição de saúde, não terei como exercer um mandato."
Do vice-presidente da República, José Alencar ontem, em Belo Horizonte, ao dizer que a sua cura depende de Deus e que, por isso, não pode planejar disputar outra eleição para o Senado.

2 comentários:

  1. Pelo menos ele tem um rasgo de humildade para reconhecer suas insuficiências pessoais. Coisa que alguns outros membros da equipe do (des)governo não têm.

    Rodrigues

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  2. CHISTE, repassando aos blogues:

    O COMPROMISSO
    (Luciano Pires- email.mkt@lucianopires.com.br)

    Quando eu era criança meu pai sempre me incomodava com um maroto dilema ético. Ele perguntava se eu preferia ser um herói morto ou um
    covarde vivo. E eu, voluntarioso, respondia:
    - Herói morto!
    Lembrei dessa história quando vi a foto de Dilma Roussef segurando a peruca que o vento estava levando, lá na base aérea de Brasília.
    Peruca? ة. A candidata tem um câncer e está fazendo quimioterapia, que derruba os cabelos. Raspou a cabeça e agora anda de peruca. Uns
    fingem que não vêem, outros vêem e ficam constrangidos e alguns fotografam. Uns publicam e não dizem nada. Outros publicam e dizem de forma oblíqua. E hoje também os que publicam e dizem.
    Se quem diz é do partido dela ou da base de apoio, tudo bem. Mas se quem diz é da oposição...
    E eu não sei o que dizer. Estou perplexo.
    A mulher está com câncer, pô! Câncer! Sabe o que é isso? Câncer é uma doença terrível. é uma neoplasia, o crescimento anormal e sem
    controle das células.

    Mesmo com todo avanço da medicina, o câncer ainda mata. E muito. E quem esteja em tratamento tem que ficar em resguardo, descansando. E se está fazendo quimioterapia, então, é resguardo duplo. Triplo. A quimioterapia derruba as defesas naturais e qualquer resfriadinho pode virar uma pneumonia mortal. Câncer mata.

    A vida toda ouvi a palavra "câncer" com um misto de mistério e medo. Afinal, uma afirmação como "fulano está com câncer" nunca foi uma
    constatação. Sempre foi uma condenação. O peso dessa palavra é imenso, é atenuado quando lembramos que em outros países o nome é "cancro". Mas deixando as questões semânticas pra lá, câncer ou cancro matam!
    Então o que é que essa mulher está fazendo no evento, na inauguração, na reunião? Que força a leva a abandonar o resguardo? Será uma
    grandeza de alma? Vocação para o sacrifício? Sede de poder? Talvez insistência dos colegas de partido e dos marqueteiros? Ou uma doentia
    necessidade de cumprir compromissos? Quem sabe a perspectiva de vencer mais uma batalha? Vencendo, a guerreira fica ainda mais forte?

    A ministra assumiu um compromisso com o partido, com o presidente e com o Brasil. Um compromisso importante, de trabalhar para garantir a
    sucessão de Lula e a continuidade do projeto político do PT. É um compromisso sério, a ponto de levá-la a mudar de comportamento, modo de vestir e até de rosto. Mas tem que haver um limite.

    Então faço aqui um apelo. Presidente, por favor, manda a Dilma pra casa. Manda que ela fique lá, quietinha, nanando, tomando um chazinho e vencendo a doença. Todo mundo vai entender e apoiar sua atitude. Presidente, se o senhor não mandar a ministra pra casa e a coisa se
    complicar a culpa será sua! Sei que a ministra é durona, mas se ela teimar peça para alguém da família - a filha, quem sabe? - chamá-la e
    repetir a frase inesquecível de Roberto Jefferson:

    - “Sai daí Dilma. Sai daí logo, antes que você faça réu um homem inocente, o presidente Lula”!

    E agora é pra Ministra: Dona Dilma, faça uma reflexão. Seu compromisso é importante, mas não justifica que sua saúde seja usada como mais um
    componente da equação política. Nenhum compromisso é mais urgente que tratar aquilo que pode matar a senhora. Recolher-se neste momento não
    é covardia. é um ato de amor próprio do qual a senhora sairá como covarde viva apenas para quem a está usando.

    Para os outros, será uma heroína viva..

    Primeiro a vida, ministra. Depois a política.

    Luciano Pires

    COMENTE: http://www.lucianopires.com.br/idealbb/view.asp?topicID=11235

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