domingo, 31 de maio de 2009

Cidades inundadas em 2008 ainda não receberam verba

Deixa
desaguar tempestade
Inundar a cidade
Porque arde um sol dentro de nós
Queixas
sabes bem que não temos
E seremos serenos
Sentiremos prazer no tom da nossa voz

Quando Zeca Pagodinho gravou "Lama nas ruas", jamais pensou que os políticos poderiam levar ao pé da letra sua canção. Mas foi o que aconteceu. Na Folha online deste domingo (31), a informação de que dos R$ 114,7 milhões autorizados em 2008 para recuperar as cidades afetadas em seis Estados da região, apenas R$ 65,6 milhões foram liberados - cerca de 57% do valor prometido. Apenas R$ 10,4 milhões foram liberados ainda em 2008 (9% do total) - e isso só no dia 31 de dezembro. O dinheiro foi repassado aos Estados, responsáveis pela distribuição aos municípios. Os prefeitos reclamam da demora enquanto muitas dessas cidades, hoje, estão de novo sob as águas. Leia mais

2 comentários:

  1. CHISTE, repassando:

    O PAC é a utopia de todo político mas o problema que enfrenta é o de grana que não sobra para o social. Dona Rute Cardoso no programa do Jô disse que os impostos no Brasil eram altíssimos, precisavam ser diminuidos e o mais importante ser bem gerenciado a sua aplicação.

    PAC patina e não decola.
    No começo do ano, um estudo econômico demonstrou que o governo federal teria que desembolsar R$ 1 bilhão em média a cada dia se quisesse manter o cronograma previsto de obras do PAC, o super-programa que faz água. O pior é que houve quem achasse o desafio perfeitamente viável de ser transposto.

    A realidade é mais cruel do que se imaginava. De um total de quase 11 mil empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) distribuídos nas 27 unidades federativas do país, 319 foram concluídos pelo governo federal até o fim do ano passado. O montante investido nessas obras concluídas soma R$ 47,7 bilhões, o que representa apenas 7% do total de R$ 646 bilhões previstos para o PAC entre os anos de 2007 e 2010.

    Somente para empatar o cronograma já deveriam ter sido investidos em 2009 R$ 177 bilhões dos recursos programados. Pela média do ano passado (7%) não foi investido nem R$ 12 bilhões.

    O presidente Lula, aqui e ali, tem apontado os vilões desse mau desempenho: as questões das licenças ambientais demoradas; as pendengas com terras dos índíios; o ardor do TCU para mandar suspender obras irregulares e sustar pagamentos a empreiteiras; a lentidão da burocracia do governo que atrasa a liberação dos recursos para a execução das obras.

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  2. O Lula elevou a arte de ser cínico à perfeição. Não tendo como botar mais a culpa em Fernando Henrique Cardoso pela sua incompetência, agora tranquilamente se volta contra órgãos de seu próprio governo, sem o menor pejo e senso de adequação. Um farsante na presidência.

    Rodrigues

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