sexta-feira, 17 de abril de 2009

MEU REINO POR UM TECO-TECO - por José Rodrigues Filho

Existem pessoas que só sobrevivem sob holofotes. Não concebem a vida sem que as luzes da ribalta estejam voltadas para elas, como se o mundo devesse girar a seu redor. São como certas plantas que, se colocadas à sombra, murcham e morrem. Até mesmo as plantas da vasta família das saprófitas precisam de luz. Em tempo: plantas da família das saprófitas são as populares parasitas. Em maior ou menor grau, estão sempre circulando, porque sua necessidade de aparecer chega às raias da morbidez. Estes dias uma senhorita cuja profissão não conseguimos definir (é modelo? é manequim? é apresentadora? - afinal, o que é exatamente Adriane Galisteu? Para mim é o que menos importa, eu não gosto do nariz dela, conheço muitas mulheres cujos narizes são divinamente cinzelados, por cima de uma boca divinamente apetitosa e que é comandada por um cérebro privilegiado - falam das coisas mais esdrúxulas com uma inteligência rara. Não é o caso dessa moça. Se bem observarem, é feia. Muito feia, por sinal. E quando desanda a falar, literalmente desanda. Não sai ideia que preste, que tenha utilidade. Sinto muito por aqueles que pensam o contrário, mesmo porque estão literalmente precisando de uma cirurgia para correção de miopia. Circulando pelas ruas de nosso País há milhares e milhares de meninas, senhoras e até vovós que tiram de letra em matéria de charme, inteligência, beleza... Enfim, deusas que não fazem questão de impor-se, mesmo porque se bastam a si mesmas, não sentem necessidade de provar que são lindas. Não bastasse esse quadro digno de um Picasso de porre, a Galisteu viaja. Viaja tanto que nem se dá conta disso. A cada momento se a vê na companhia de alguém. Gosto não se discute, mas da última vez foi um político, um deputadinho obscuro e com pinta de galã de filme indiano e que atende pelo nome Fábio Faria (PMN-RN). Achando-se premiado pelos deuses por ter aquela... musa, vá lá, ele esqueceu de um detalhe. Passagens aéreas pagas pelos cofres públicos continuamente recheados com impostos extorquidos à população brasileira são destinadas ao cumprimento de missões no exercício do mandato que lhe foi outorgado nas urnas. Vamos simplificar o linguajar para que o “nobre” representante do povo na Câmara Federal entenda a esparrela em que caiu por conta própria. Como menino travesso que não escolhe local nem hora para tirar meleca do nariz, ele meteu a mão no dinheiro do povo para passear seu amor à musa amada nos românticos céus do meu Brasil varonil, pátria amada, salve, salve... Com direito a sogra e tudo mais, que ninguém é de ferro. Aliás, neste País, o que aparece de político doido pra levar a sogra a passear de avião não está no gibi... Chega-se à conclusão que político no Brasil é uma espécie animal sui generis - é geneticamente predisposta a NÃO aprender com os erros alheios (ora, o cara foi pego com a boca na botija? Não eu, eu sou o bom, nunca vão me apanhar). Sinceramente, eu não sei quem é menos digno de confiança nessa história: se a trêfega mocinha que não questionou DE ONDE o doce amado tirou dinheiro para financiar seus aéreos e diáfanos passeios ou ele, todo doidão por ter aquele pitéu nas garras e não enxergou o lodaçal em que está pisando. Que afunde, portanto, porque revelou a seu eleitorado a que veio. Ah, devolveu o dinheiro? Jura? Pois não me impressiona, porque ele só se mexeu da estúpida situação depois de denúncias. Achava que, como o pitéu não estava mais ao alcance de seus dentes e haviam entregue a caveira dele de bandeja para o País saber o que ele aprontara com o dinheiro do povo, bastaria devolver a bufunfa que estaria tudo certo. Está? Não está, mocinho. Queremos que você tenha um gesto de hombridade e peça sua renúncia da Casa do Povo que, salvo ledo engano da minha parte, NÃO É casa-da-mãe-Joana, nem casa de tolerância. Exigimos do Congresso um produto que há muito tempo tem se tornado raro: honestidade, decência, honradez, vergonha na cara. Dê-se o nome que quiser, mas esse produto ainda goza de alta estima de cidadãos de bem. Quanto à mocinha, caia no esquecimento literal e total, porque teve sua chance de dar bom exemplo. Será talvez a última vez que se ouvirá falar no nome dessa senhorita, porque o País anda cansado dos indefectíveis aproveitadores.

5 comentários:

  1. Ela é gostosona. Eu vendo sua estréia na Band e rindo do circo que ela e sua produção montaram. Ela conseguiu constranger o Fábio, do Jornalismo da emissora, ao dizer que durante seu programa de sexta o jornalismo da Band vai trazer as melhores e PIORES notícias! Deveria continuar como modelo e namorada de famosos. Nem precisa cair no esquecimento, essa mulher logo logo será tirada do ar. Pegou mal pra Band ter em seu quadro de apresentadoras num momento em que se fala tanto em transparência e moralidade na política, uma que se aproveitou do dinheiro público. Mas o nariz tá lá Rodrigues! Firme e arrebitadamente imponente!

    Muchiba214

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  2. As mocinhas que trabalham na casa da mãe Joana tem mais dignidade, pois elas trabalham e recebem por isso.
    Como já comentei, a fila da moça anda pacas, perdi a conta dos mocinhos que já passaram na fila dela...e os que não ficaram na fila e furaram a fila dela?
    Afe....... muita saúde ...

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  3. A questão é: não sabia? Teve vergonha de perguntar a origem do dinheiro utilizado na compra daS passagenS aéreaS? (Argumento usado pela apresentadora em seu programa ontem, onde a bela "perguntava" e "respondia", sem consistência alguma, sem uma outra pessoa que a contestasse e de uma pobreza que beirava o ridículo). "Não se pergunta a origem do presente ganho", defendeu Galisteu. Concordo. SALVO quando este presente tem valor considerável e é DADO por homens públicos. Aliás, acorda Alice! Não sabia? Não fazia ideia? CHEGA de hipocrisia nesse Brasil! Quantas outras pessoas, mulheres e homens estão sendo beneficiados com essas regalias PORNOGRÁFICAS do uso do dinheiro público? Viagens, presentes, agrados... Às custas do dinheiro do brasileiro que morre na fila esperando um transplante ou um mero atendimento médico. Das crianças e adolescentes cujos sonhos de estudar e melhorar de vida são abortados pela FALTA de "recursos" - tão voando por aí, nas mãos não se sabe de quem - e vontade política de seus representantes. E por aí vai... Charles de Gaulle disse e deve estar apontando o dedo de seu túmulo para a terra das bananas: "Eu bem que avisei: O Brasil não é um país sério".

    Sério seria, se este e demais deputados que abusam do procedimento (contestável) da casa legislativa fossem afastados do cargo (Já pensou, resgatar ao congresso a imagem de CASA EXEMPLAR?) e a BAND filtrasse melhor quem coloca nas telas para abordar assuntos que definem comportamento e atitude para seus telespectadores.

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  4. Soraia, cada vez mais você me impressiona com a clareza e objetividade dos seus textos.
    Deixa em mostrar a minha opinião:
    1) Acho e sempre achei Adriane Galisteu uma feia produzida. Mas não podemos negar o seu senso de oportunismo. A menina sabe como aproveitar um flash. A mídia funciona como uma pira que queima ardentemente, e a cada momento precisa de um carvão. Essas personalidades bizarras servem como carvão. Mas algumas, como Galisteu, consegue renascer das cinzas como Fênix. Outras são queimadas e viram brasas, não voltando mais nunca ao mundo real.
    2) O Brasil é a terra das mulheres mais belas do mundo. Essas fusões de raça também deram certo. É lógico que tem muita gente feia, mas esse não é realmente o motivo do texto.
    3) Esse deputado também se beneficia da mídia. A Revista Veja deu-lhe um espaço de duas páginas, recentemente. Sua caracterização foi perfeita "galã indiano".
    4) Enquanto não tivermos EDUCAÇÃO plena e de qualidade teremos essas figuras políticas rondando e chupando as tetas do Estado. É por isso que, o Brasil desde a sua base, nunca se interessou em dar educação adequada ao cidadão. Para mante-lo na coleira e perpetuar essas idiossincrasias.
    5) Por isso que, sendo repetitivo, precisamos urgentemente, rever qual o tipo de punição é necessário para políticos ladrões da esperança. Já que a justiça não entra em ação, pois é morosa, cheia de canais onde desembocam os recursos e mais recursos. Oque o cidadão comum deve fazer???? Ficar olhando? Fazer passeata?. Nem isso conseguiríamos, pois o jovem de hoje está completamente anestesiado com bens de consumo, crack e MSNs da vida.
    Enfim, para este último ítem posso dizer que "para um bom entendedor meia palavra basta".
    Mas se não bastar, convém ler um conto que escrevi, chamado "OS OLHINHOS DE AMALETA E A EPIDEMIA". É apenas um conto, um pouco longo, onde os preguiçosos não encontrarão terreno. Mas é um conto que serve para abrirmos os nossos olhos para a forma como estamos aceitando tudo isso calados. Aliás ser bandido na política é algo puramente normal no nosso Brasil.
    Um grande abraço.
    Blog de Um Brasileiro

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  5. CHISTE, só queria saber:

    Um cidadão, comum, do povão, desvia ou faz mal uso do que lhe foi confiado e, com o passar do tempo é descoberto: "Segundo a jurisprudência formada a respeito, para nossos representantes e autoridades, se eles devolverem, sem juros, nada lhes acontecerá": ISSO TAMBÉM SERÁ VÁLIDO AOS MÍSEROS CIDADÃOS???
    Se eu pegar um celular, de uso ilimitado na firma em que trabalho ou um carro ou fazer a multiplicação dos pães (passagens aéreas) e distribuir a torto e direito será considerado normal??? É ESSA A NOVA ÉTICA E MORAL DO TERCEIRO MILENIO, NO BRASIL???
    É A LIBERTINAGEM TOTAL QUE PASSA A VALER, NO BRASIL???
    Trabalhei 35 anos para se aposentar e mais 14 para tentar sobreviver e no final da vida a regra mudou??? Mudou para quem !!!
    Soraia, sobre os políticos anteriores eu me calo porque tinha dúvidas sobre a conduta deles, falta transparência ma, o Guru Marolinha, até 2002, tinha um discurso que paguei para ver e o que vi, quando governo, foi de um cara safado, mentiroso, usando da boa fé daqueles que depositaram seu voto de confiança, sacaneou os que colocaram suas esperanças em suas bravatas, “CARA DE PAU", CÍNICO,

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