sábado, 19 de setembro de 2009

São eles que nos devem satisfações - por Klauber Cristofen Pires

"A obrigatoriedade do voto já desrespeita o próprio princípio das liberdades individuais no instante mesmo em que alega as proteger. Em muitas democracias - e por sinal, mais consolidadas que as nossas - vota quem assim deseja, e não me parece que eles estejam em desvantagem por isto. Nestes países, parece mais crível a idéia de que são os políticos que devem satisfações ao povo e à justiça, e não os cidadãos."
Em ocasiões anteriores, escrevi sobre a questão da idoneidade do voto na urna eletrônica e sobre a necessidade de adotarmos o voto nulo - que cunhei de 'voto de objeção', como um instrumento legítimo de expressão dos cidadãos. Desta vez, convido o leitor a refletirmos juntos sobre a obrigatoriedade do voto e outros aspectos curiosos da legislação eleitoral. Para início de conversa, vide como a legislação eleitoral busca tão só e descaradamente a manutenção das posições daqueles que estão atualmente no poder, e como a obrigatoriedade do voto entra neste cômputo como o elemento de que se valem os políticos para os servirmos (êpa, espere aí, não haveria de ser o contrário?)... (Mídia Sem Máscara) Continue lendo

Um comentário:

  1. É por essas que rio lá por dentro quando escuto um boçal disfarçado de político afirmando suas próprias virtudes democráticas.
    De prova mais nenhuma precisamos de que a classe política brasileira é corrupta mesmo sem meter a mão no dinheiro dos impostos. O simples fato de não instituírem o voto facultativo demonstra de forma iniludível o quanto viciado é o sistema político no Brasil.
    ESSE desafio eles nunca aceitarão de alterar o dispositivo constitucional e lançar no lixo da História esse resquício jurássico e antidemocrático. Até porque não buscam o voto para trabalhar pela Nação, mas locupletar. E isso é algo para o que até o presente momento apenas o Senador Álvaro Dias ousou apresentar projeto de emenda constitucional. Já desde os tempos de deputado federal ele vem lutando para alterar esse estado de coisas.
    Não vou nem fazer a pergunta, por acadêmica: de que têm medo esses corruptos?

    Rodrigues

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