quarta-feira, 5 de novembro de 2008

ARTIGO - The Dream Is Over?

Pois é, a palavra "change" fez toda a diferença nas eleições de 04 de novembro nos EUA. O senador democrata Barack Obama conseguiu um feito até então posto em dúvida pelo resto do mundo devido ao conservadorismo americano: eleger-se o primeiro presidente negro da história das terras do tio Sam – aliás, ele não é negro, é mestiço como se declarou durante a campanha presidencial. Filho de mãe branca e pai negro, com nome muçulmano – há que se considerar o passado histórico norte-americano onde imperava a segregação racial até pouco tempo atrás e também a fobia árabe, desencadeada pelo 11 de setembro, que inaugurou a era Bush contra o terrorismo no oriente médio – é preciso admitir: Barack Obama é a autocrítica dos EUA. Que venham os discursos cautelosos de especialistas políticos, acenando com seus termos e ensaísmos sobre o protecionismo dos grandes grupos econômicos, dos compromissos do partido com as elites do país, mas o que se sobressai nisso tudo, é a mudança de comportamento do eleitor americano. Nada de se render ao fantasma do poderio bélico, do candidato que, com dedo em riste, anuncia a supremacia do bem-estar do cidadão americano e dita ao resto do mundo suas imposições econômicas, políticas e ambientais. Obama, com seu discurso de passado independente e futuro a ser compartilhado foi abraçado pelos eleitores americanos, chineses, brasileiros, muçulmanos e retribuiu ao abraço. Jovens de todo o mundo foram cativados pelas mensagens que chegavam pela Internet – outra ferramenta poderosa utilizada habilmente pelo presidente eleito – conclamando a adesão de eleitores e simpatizantes à causa Obama. O que virá agora não será um enredo de conto de fadas moderno. O trabalho que tem pela frente será muito mais árduo do que podemos avaliar. A herança que Bush deixa para Obama comprometerá bons quatro anos ou mais de seu governo e da resposta que o mundo dará à escolha democrata.
Yes, we can. Todos podemos. O candidato democrata não teve sua infância favorecida pelo fator econômico; estudou, foi incentivado pela mãe que acordava às 4h da manhã para ajudar o pequeno Obama nas lições de casa. Freqüentou Harvard. Cursou Ciências Políticas e Direito. Preparou-se para ser presidente. Eis a diferença que impera entre os homens públicos. A vitória do senador democrata provou que a canção estava certa. Agora, é esperar, torcendo de forma positiva para que Barack Obama, que um dia chorou ao ouvir sobre racismo numa coletiva de imprensa, possa ser o precursor de muitas outras boas notícias... E mudanças, para o povo norte-americano.
Soraia Mrosk - canal15espacomulher@gmail.com

6 comentários:

  1. Barack Obama não é negro, Soraia. É MESTIÇO, como ele mesmo faz questão de se chamar. E de fato ele tem a mesma mistura de boa qualidade que tem o meu filho, mãe negra, pai branquelo. Obama o inverso, mas não NEGRO.
    Infelizmente, os macaquitos que governam este País estão criando essa dicotomia imbecil entre brancos e negros, para copiar o clima de confrontação que ainda há nos Estados Unidos. Tanto é que o molusco cefalópode foi o único presidente SUL-americano que criou um ministério de integração racial cuja titular, além de gastar dinheiro do cartão corporativo à vontade, fazia questão de encorajar manifestações de negros contra brancos no Brasil. Aprontaram de tudo neste País para criar o confronto: bolsas de estudo exclusivas para afro-descendentes, cotas para negros etc. Muito me admiro de que o STF tenha calado diante dessa agressão à nacionalidade brasileira...

    Zé do Coco

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  2. Mestiço, filho de mãe branca e pai negro. Pouco comum para uma eleição presidencial, não, Zé? Ao final de tudo, resta apenas a sensação boa da conquista. Quanto a postura do Lula, expressei no blog do senador Álvaro Dias o que penso a respeito de suas declarações "polêmicas" e de suas atitudes. Ele incita ao separatismo. Faz questão de ressaltar o contraste para posar de apaziguador, governante "justo" e amigo dos pobres e marginalizados.

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  3. Você está certa. O energúmeno de Garanhuns quer por toda força colocar em prática a tese do dividir para reinar. Com aquele olhar de lagarto, que os pássaros saibam proteger os ovos que estão no ninho...

    Zé do Coco

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  4. Sobre "cotas para negros" propria frase indica pura discriminação racial e quem inventou essa frase deve ser denunciando por discriminação racial. Pois bem, se um eu necessitar de um profissional da área, vou querer o melhor independendo da raça ou da cor ou da cor do batom da mãe que gerou o profissional.
    Soraia aproveito e quero declarar que hoje foi primeira vez que ouvi Radio e por coincidencia era sua ultima programa, fiquei apaixonada pela sua voa, sua voz é nitida, gostosa , segura e convence o que diz, sugiro que sua voz é melhor que daquela mulher que faz anuncios nos aeroportos do Brasil hehehehe
    Sou suspeita em elogiar sua voz e sua maneira de dirigir programa, mas o radio só perdeu sem você.
    Como você mesmo disse, nada de adeus, até proxima que seja logo e Parabens para felizardo que terá você como colaboradora.

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  5. Dra. Hi, obrigada.

    Hoje foi difícil manter a programação normal, uma vez que o clima era de despedida. Me senti cercada de muito, mas muito carinho de todos ou ouvintes que participaram. Outros projetos virão e certamente terei a cia desses mesmos ouvintes que aprendi a gostar como se fossem velhos amigos. Mais uma vez obrigada pelo apoio e pelas palavras de incentivo: são verdadeiras pérolas nesta manhã cinzenta de sexta-feira.

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  6. CHISTE, repassando:

    Sem internet, Obama perderia a eleição
    A grega Arianna Huffington mostra no congresso da Web 2.0 porque tem um dos blogs mais influentes da política americana.
    Caio Tulio Costa e Caique Severo

    No painel Web e Política, no congresso de cúpula da Web 2.0, em São Francisco, Arianna Huffington, dona de um dos mais influentes blogs e sites sobre política, o Huffington Post, afirmou que sem a internet Barack Obama não teria sido eleito.

    Para Arianna, a internet matou a velha política de Karl Rove - o responsável pelas campanhas eleitorais de McCain e George W. Bush.

    Sua fala poderia também ser traduzida assim: a internet matou os marqueteiros tradicionais de campanha eleitoral.

    “A campanha de McCain não tinha a menor idéia de como usar a internet”, afirmou ela. Foi além: “O problema da campanha republicana não era que o candidato era velho, mas que suas idéias eram velhas”.

    A escritora e jornalista frisou que seis milhões de pessoas assistiram os 37 minutos do discurso do presidente-eleito dos Estados Unidos pela internet...
    Reportagem completa acesse:
    (http://tecnologia.ig.com.br/noticia/2008/11/07/sem_internet_obama_perderia_a_eleicao_2102862.html)

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