quarta-feira, 1 de outubro de 2008

The Phantom Of The Opera - All I Ask Of You

Se há um musical que adoraria assistir, é o Fantasma da Ópera. Não me canso de rever a adaptação para o cinema, com os bárbaros Gerard Butler, Emmy Rossum, Patrick Wilson, Minnie Driver e Miranda Richardson.

5 comentários:

  1. REPASSANDO MATERIAL DA NETE:

    REDAÇÃO DE ALUNA DA UFPE

    (Redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE Universidade Federal de Pernambuco -Recife, que venceu um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa.)

    Redação:

    Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.
    Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar.
    O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice.
    De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos.
    Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto.
    Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar.
    Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente, chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.
    Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula; ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros.
    Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.
    Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.

    Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos.

    Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.

    O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

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  2. Moral da história: Quando um acordo ortográfico não quer, dois não assinam?

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  3. O desfecho é triste, caro Anônimo, ao menos p/ mim. Sempre achei que Christine deveria ficar com o fantasma.... Enfim, coisas da vida e da ficção que se misturam e confundem nossos sentidos. Mas a arte, ah, a arte! Parece compensar todos os desencontros da vida... E da ficção também.

    Abraços!

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  4. Soraia, a vida é isso. Um eterno desencontro. Eu andava atrás da mulher ideal e nunca achava. Desencontros? Fatalidade? Destino?
    Oh, destino cruel!...
    Que nada, o que acontecia era que a mulher também estava à procura do homem ideal... he he he
    Quanto ao acordo ortográfico, o Brasil TINHA porque TINHA de inovar: é o único dos países em que o signatário é analfabeto de nascimento...

    Zé do Coco

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