sábado, 18 de outubro de 2008

Tragédia anunciada

Inconformado com o fim do relacionamento, Lindemberg Fernandes Alves decidiu render a ex-namorada na última segunda-feira (13). Na ocasião, ela estava em companhia de três amigos - dois garotos liberados no mesmo dia e a menina que, apesar de ter sido libertada 33 horas depois, retornou ao apartamento na quinta-feira (16). A Polícia Militar invadiu o apartamento por volta das 18h10 de sexta. No mesmo horário, a Polícia Militar reunia a imprensa para uma entrevista perto do prédio - segundo a corporação, seria para comunicar o impasse nas negociações. Após uma explosão, aparentemente uma bomba de efeito moral jogada no apartamento, policiais militares do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) entraram no apartamento - alguns pela janela. Foram ouvidos três estampidos, semelhantes a tiros. A Polícia Militar afirmou que invadiu o apartamento após ouvir um tiro e porque o comportamento de Alves, durante a tarde, era muito agressivo. Alves foi preso, aparentemente, sem ferimentos graves. (Folha Online)

4 comentários:

  1. Ação policial de principiantes, isso é o que pouca gente está disposta a admitir.

    Zé do Coco

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  2. Nada mais importa para uma das famílias. Segundo se informou, Eloá estaria em coma irreversível.
    Uma vida foi tirada por um dequalificado que agora vai ter um encontro com o seu inferno particular. Que tenha uma vida longa, bem longa.

    Zé do Coco

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  3. Não vamos pensar em "censura" mas o assunto devería ser revisto com carinho pela mídia e autoridades da sociedade. Excetuando a Globo, que é moderada, temos visto uma onda de sensacionalismo visando audiência e de até autoridades querendo ter o seu minuto de fama.O QUE É MAIS IMPORTANTE: O DIREITO DO PÚBLICO DE RECEBER A INFORMAÇÃO OU A NECESSIDADE DE EVITAR A REPETIÇÃO DE TRAGÉDIAS DESSE TIPO.

    REPASSANDO MATÉRIA DA BBC:

    MORTES GERAM DEBATE SOBRE PAPEL DA IMPRENSA EM ISRAEL

    Guila Flint - Tel Aviv para a BBC Brasil

    Caso da menina Rose Pizem ganhou grande destaque na mídia
    A ocorrência de mais dois assassinatos de crianças em Israel na última semana nos quais as próprias mães são suspeitas está gerando uma discussão sobre o papel da imprensa ao divulgar casos desse tipo.
    Especialistas dizem que o grande destaque dado pela imprensa, há uma semana, ao assassinato de uma menina de 4 anos por seu avô-padrasto pode ter levado mais duas mães a matarem seus filhos, também de 4 anos.
    (Edson Carmona)

    Na noite desta terça feira, a polícia de Tel Aviv recebeu um telefonema de Regina Kruchkov, avisando que tinha matado seu filho de 4 anos, Michael. Ao chegar ao apartamento da mãe, os policiais encontraram o corpo do menino, que teria sido afogado pela mãe na banheira.

    Poucos dias antes, outro menino de 4 anos foi supostamente assassinado pela própria mãe. Alon Borissov morreu afogado no mar, na praia de Bat Yam, ao sul de Tel Aviv.

    Os dois casos ocorreram dias depois que a mídia em Israel deu um destaque sem precedentes ao caso da menina Rose Pizem, assassinada por seu avô e padrasto.

    De acordo com o psicólogo Tzvica Toren, especialista em crianças em situações de risco, a "onda" de assassinatos de crianças dentro das famílias pode ser conseqüência do grande destaque dado pela mídia.

    "Muitas vezes, a divulgação de uma 'solução' para uma angústia muito profunda leva outras pessoas que sofrem da mesma angústia a adotar a mesma 'solução'", disse Toren à radio estatal de Israel.

    "O mesmo acontece em hospitais psiquiátricos. Quando um paciente se suicida, muitas vezes se seguem mais suicídios", afirmou.

    "A MÍDIA DEVERIA TRABALHAR COM ESPECIALISTAS E MEDIR QUANTO DESTAQUE DEVE DAR PARA CERTOS CASOS, A FIM DE NÃO INCENTIVAR A OCORRÊNCIA DE MAIS CASOS PARECIDOS", DISSE O ESPECIALISTA.

    O RISCO DE OUTRAS PESSOAS COPIAREM O ATO DESTACADO PELA MÍDIA GERA UMA POLÊMICA EM ISRAEL SOBRE O QUE É MAIS IMPORTANTE: O DIREITO DO PÚBLICO DE RECEBER A INFORMAÇÃO OU A NECESSIDADE DE EVITAR A REPETIÇÃO DE TRAGÉDIAS DESSE TIPO.

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  4. Concordo plenamente com o exposto acima. E a mídia brasileira já deveria ter aprendido a lição com o recente caso de Isabella Nardoni - após a tragédia em SP, seguiram-se outros (ameaça de pai jogar o filho pela janela em decorrência de briga com a mulher, o bebê atirado pela mãe em Curitiba) que comprovam exatamente o que quis dizer ao abordar este assunto. Aguardem. Infelizmente, tenho palpite que episódios traumatizantes como este poderão se repetir. Aí quero ver o que irá fazer, não só a mídia, mas a polícia também.

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